De 3 de novembro a 6 de dezembro, o Palácio da Instrução de Cuiabá apresenta exposição de obras da 31ª Bienal de São Paulo – Como (…) coisas que não existem, ocorrida em 2014 no Pavilhão da Bienal. Uma amostra da experiência que se desenvolveu no último ano leva um conjunto de 49 obras à instituição anfitriã, projetando as questões da Bienal e o repertório de 16 artistas selecionados para novos públicos. A curadoria é de Charles Esche, Pablo Lafuente, Nuria Enguita Mayo, Galit Eilat, Oren Sagiv, Benjamin Seroussi e Luiza Proença.
O título da 31ª Bienal – Como (…) coisas que não existem – é uma invocação poética do potencial da arte e de sua capacidade de agir e intervir em locais e comunidades onde ela se manifesta. O leque de possibilidades para essa ação e intervenção está aberto – uma abertura que é a razão da constante alteração do primeiro dos dois verbos no título, antecipando as ações que poderiam tornar presentes as coisas que não existem. "Começamos por falar sobre elas, para em seguida viver com elas, e então usar, mas também lutar por e aprender com essas coisas, em uma lista sem fim" – explica a curadoria.
No Palácio da Instrução serão apresentados os projetos: 10.000 anos de arte popular nórdica, de Asger Jorn; É apenas o vértice do mundo interior, de Agnieszka Piksa; Casa de Caboclo, de Arthur Scovino; Ponto de encontro, de Bruno Pacheco; Vila Maria, de Danica Dakić; Não é sobre sapatos, de Gabriel Mascaro; Violência, de Juan Carlos Romero; Não-ideias, de Marta Neves; Handira, de Teresa Lanceta; Cartas ao leitor (1864, 1877, 1916, 1923), de Walid Raad; A leitora de café, de Michael Kessus Gedalyovich; A última aventura, de Romy Pocztaruk; Série Negra/Cabine telefônica aberta, de Nilbar Güreş; Nosso Lar, Brasília, de Jonas Staal; Sem título, de Vivian Suter e Ymá Nhandehetama, de Armando Queiroz com Almires Martins e Marcelo Rodrigues.
Como parte da iniciativa, estão previstos encontros de educadores da rede pública de ensino de Cuiabá e Várzea Grande, além de debates, oficinas e encontros sobre arte contemporânea com artistas e o público mato-grossense.
O programa de exposições itinerantes da 31ª Bienal contempla mostras em cidades do Brasil e no exterior. Desde fevereiro de 2015, diferentes seleções a partir dos 81 projetos da 31ª Bienal foram exibidos em São José dos Campos/SP (FAAP), Campinas/SP (SESC), Juiz de Fora/MG (Museu de Arte Murilo Mendes), Ribeirão Preto/SP (FAAP), São José do Rio Preto/SP (SESC) e Belo Horizonte/MG (Palácio das Artes), Rio de Janeiro (Cidade das Artes), Sorocaba (Palacete Scarpa), Limeira (Palacete Levy) e Porto/Portugal (Fundação de Serralves). Para Luis Terepins, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, as itinerâncias “buscam expandir os intercâmbios possíveis entre a vida cultural de São Paulo e os espaços expositivos no interior e exterior, projetando as questões da 31ª Bienal rumo a novos públicos e novas direções”.