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Colonialismo

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Meu amigo Eduardo Almeida Reis, da Academia Mineira de Letras, escreveu esta semana: “Desemprego, febre amarela, dengue, zika,  Odebrecht, PCC, Comando Vermelho, Família do Norte, chikungunya,  balas perdidas, homicídios, estupros, sequestros e a imprensa brasileira preocupadíssima com o Trump.” Eu acrescentaria: É um recibo de colonialismo. Pior, de incoerência. Aqui, populistas que xingaram o imperialismo americano, agora se queixam do nacionalismo e do populismo de Trump. Quem só observa, como eu, se diverte muito. Dizem de Trump o que diziam de outro Republicano, Arnold Schwarznegger, quando se elegeu governador da Califórnia: “O Exterminador do Futuro”, “Conan o Bárbaro”; ou o que diziam de Ronald Reagan, quando se elegeu presidente dos Estados Unidos: Cowboy canastrão. Pois ambos foram reeleitos. Reagan corrigiu o estrago na economia deixado por Jimmy Carter e acabou com a União Soviética sem dar um tiro, embora ele próprio tivesse sido vítima dos tiros de um fanático. 

           
Agora a história se repete com o coro de frustrados  brasileiros, com saudades de sangue derramado no norte da África e no Oriente Médio pela dupla Obama-Hillary. Estou apostando que a parceria Trump-Putin vai acabar com a guerra na Síria e com refugiados voltando da Europa. Vão querer ficar no país em que nasceram, em paz, com liberdade religiosa e sem interferência da dupla Obama-Hillary. Meu amigo carioca, em tempos de Reagan estava em Paris e lembra de se divertir lendo o Le Monde a pingar raiva contra o republicano. Agora diz que se diverte ao ver, ouvir e ler a cantilena no Brasil, em relação a Trump.

           
O ex-Ministro da Fazenda, emb.Rúbens Ricúpero, disse que uma das primeiras medidas de Trump, de tirar os Estados Unidos da Parceria Trans-Pacífico, vai beneficiar as exportações brasileiras, em especial as da carne e as do agronegócio, que estavam prejudicadas no Japão, Coreia do Sul e outros asiáticos. As empresas americanas que foram produzir na China, já pensam em voltar. Aliás, Trump já enquadrou a maior automotiva, a GM, que percebeu ser melhor voltar para casa, em lugar de dar emprego no México. As grandes empresas japonesas já anunciaram que querem criar empregos nos Estados Unidos. Aqui na vizinhança, outro empresário-presidente,  Julio Cobos, está levando para o Paraguai empresas brasileiras cansadas da insegurança e dos impostos absurdos, para produzir por lá, pagar ínfimo imposto e exportar tudo para o Brasil, substituindo  produtos chineses. O Brasil cria empregos no Paraguai. 

           
Trump não dá a mínima para a ditadura do politicamente correto. Diz o que pensa. Segundo o ex-ministro Ricúpero, ganha no grito. Ameaçou a China para depois recuar em troca de vantagens para os Estados Unidos. Certamente os americanos que estão ganhando seus empregos de volta não haverão de concordar com a guerra midiática que, aliás, só vai acabar no cansaço. Por aqui, como recomenda o excelente Fernando Gabeira, jornalista e ex-deputado, o melhor é cuidar de nós, depois do desastre bíblico que herdamos dos governos de esquerda, comparável às sete pragas do Egito, com 12 milhões de desempregados. Desviar isso para o presidente americano é assinar atestado de colônia.

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