Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago, neste pregão de sexta-feira, eram negociados com boas altas e, por volta de 7h20 (horário de Brasília), subiam mais de 8 pontos, com o maio/18, referência para a safra brasileira, já testando os US$ 10,06 por bushel.
Embora parte das atenções dos traders esteja voltada para a evolução da colheita nos Estados Unidos e dos primeiros números de produtividade que começam a chegar dos campos americanos, outra parte ainda mantém seu foco no clima no Brasil.
“O mercado de oleaginosas continua mantendo um olho nas regiões brasileiras que sofrem com o clima seco”, explica o analista de mercado Tobin Gorey, do Commonwealth Bank da Austrália. “As previsões mostram algumas chuvas na próxima semana, porém, sua distribuição é limitada”, diz.
Previsões mais alongadas da consultoria internacional AgResource mostram que chuvas boas o suficiente para o plantio só deverão ser registradas em outubro na maior parte das regiões produtoras de soja do Brasil.
E isso será quando formos ver um maior fluxo de plantadeiras nos campos brasileiros, quando as chuvas se mostram mais regulares”, explica o analista de mercado da consultoria , Matheus Pereira.
Complementando o cenário positivo para os preços estão as informações de demanda. Nesta semana, tanto os embarques, quanto as vendas semanais para exportação americanas vieram fortes, tal qual os números no Brasil. E os demandadores, principalmente a China, têm se mostrado bastante ativo nas compras nas últimas semanas.