Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago recuam na sessão desta sexta-feira. Perto de 7h40 (horário de Brasília), as cotações cediam entre 3,50 e 4 pontos, com o maio/18 sendo negociado a US$ 10,24 por bushel, e o agosto/18 valia US$ 10,38. Mais cedo, porém, os preços testaram leves altas.
O mercado devolve parte das altas registradas nas últimas sessões, porém, ainda não mostra uma direção bem definida. Os traders trabalham com informações já conhecidas, porém, que atuam tanto como pressão quanto como suporte para os preços.
Ainda no radar dos traders, permanecem as expectativas de um acordo entre chineses e americanos sobre a taxação da soja dos EUA, tal qual a espera pelos resultados finais e definitivos da safra da América do Sul. Assim, a incerteza ao redor da demanda chinesa pela soja americana também tem seu espaço na formação das cotações.
“Os preços continuam a manter sua cautela e em níveis mais modestos diante de um campo minado perigoso à sua frente, que pode explodir a qualquer momento na medida em que novas informações comecem a aparecer”, explica o diretor de estratégia agrícola do Commonwealth Bank da Australia, Tobin Gorey.
Além disso, ainda como explica o executivo, os fundos permanecem carregando grandes posições compradas e isso também traz alguma incerteza sobre a consistência dos preços.
Do lado dos fundamentos também, os traders permanecem acompanhando de perto o desenvolvimento do plantio 2018/19 dos EUA. As condições de clima começam a melhorar para os trabalhos de campo de forma a garantirem uma boa área para o milho e menos produtores americanos migrando do cereal para a soja.
Assim, cresce a expectativa para os novos números de acompanhamento de safra e evolução da semeadura que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz em seu reporte semanal na próxima segunda-feira, 30 de abril.