Os preços da soja começam a semana registrando leves baixas na Bolsa de Chicago na sessão desta segunda-feira. Os futuros da commodity cediam entre 1,75 e 3 pontos, por volta de 7h45 (horário de Brasília), com o contrato maio/18 valendo US$ 10,68 por bushel. O mercado seguia realizando lucros, depois das altas de mais de 2% acumuladas somente na semana passada, e depois de abrir o pregão com alguns ganhos.
A correção vem, no entanto, apesar do foco mantido sobre a questão climática da Argentina. De acordo com informações da Labhoro Corretora, nenhuma mudança foi registrada durante o final de semana e permanecem as altas temperaturas e o tempo seco no país.
“E o mercado da soja mantém esse foco também na medida em que os estoques vão se ajustando”, diz o diretor de estratégia agrícola do Commonwealth Bank da Austrália, Tobin Gorey à Reuters internacional.
E para os próximos dias, as previsões seguem mostrando condições ainda muito adversas. Não há nos mapas climáticos chuvas consideráveis para as regiões produtoras do país e o calor deve continuar.
No paralelo, pesa a notícia também de uma intensificação das especulações sobre a guerra comercial entre China e Estados Unidos e os impactos que isso poderia gerar sobre o comércio global de soja entre os dois gigantes.
“Este tema está causando ansiedade no mercado de grãos e no mercado em geral. De acordo com divulgação de alguns analistas, há um grande potencial de retaliação por partes de alguns países e já com manifestações inclusive da China de retaliar a importação de produtos americanos incluindo grãos e carne”, explica o diretor da Labhoro, Ginaldo Sousa.
Dessa forma, crescem também as especulações sobre as maiores possibilidades que os fornecedores da América do Sul, principalmente o Brasil, poderiam encontrar em meio a essa disputa. No entanto, especuladores e especialistas sabem que os chineses ainda contam com uma necessidade considerável de importar soja americana, especialmente no período em que se desenvolve a safra da América do Sul.