sábado, 4/maio/2024
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Soja: mercado brasileiro tem semana de volatilidade

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Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago tiveram uma semana de estabilidade e oscilações tímidas. A exceção ficou por conta do dia de divulgação do boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) – quando baixas mais intensas foram registradas – porém, na sequência, as cotações voltaram a exibir ligeiras altas no pregão desta sexta-feira.

Já no mercado brasileiro, as variações foram um pouco mais intensas no acumulado da semana, com as praças de comercialização do interior do país já respeitando muito mais suas realidades locais. Além disso, a movimentação cambial também ajudou a direcionar as cotações, como explicam analistas e consultores de mercado.

Um levantamento realizado pelo economista André Bitencourt Lopes, do Notícias Agrícolas, mostrou que as altas, onde ocorreram, chegaram a bater em até 3,64% – como foi o caso de Sorriso – onde o preço da saca encerrou a semana com R$ 57. Por outro lado, em Itiquira, por exemplo, no mesmo estado, foi registrada uma baixa de 1,57% para R$ 62,50 por saca.

Nos portos, as referências fecharam a semana recuando. Em Paranaguá, queda de 0,675 no disponível e de 1,32% na safra nova para, respectivamente, R$ 74 e R$ 74,50 por saca. Em Rio Grande, os últimos indicativos foram de R$ 73,50 e R$ 76,50, nessa ordem, com baixas de 0,27% e 0,26%.

A comercialização da soja disponível, porém, ainda apresenta alguma reticência por parte dos produtores, que acreditam, também como explicam analistas e consultores de mercado, em condições melhores de preços nos próximos meses diante de uma demanda ainda intensa e de uma oferta que vai, aos poucos, se ajustando, diante da maior competitividade do produto brasileiro e da intensidade da demanda internacional.

Além disso, a demanda interna também começa a se intensificar e as indústrias nacionais poderiam contribuir para esse espaço maior para a formação das cotações no mercado interno.

Na semana, o dólar registrou uma queda 0,80% frente ao real e fechou o pregão desta sexta-feira com R$ 3,2806 na venda. A alta deste pregão foi a primeira depois de três altas semanais consecutivas, segundo reporta a Reuters.

O foco da movimentação do câmbio permanece sobre a tensa e incerta cena política nacional, especialmente diante das reformas que o governo federal precisa aprovar. “Esse racha do PSDB prejudica a situação (para a votação da reforma da Previdência)”, afirmou o analista-chefe da corretora Rico, Roberto Indech à agência de notícias.

Mercado em Chicago

Durante a semana, na Bolsa de Chicago, o mercado buscou se posicionar à espera dos números do novo boletim trazido pelo USDA nesta quinta-feira (9).

Os números vieram ligeiramente menores em alguns pontos para a soja, porém, se mantiveram acima das expectativas do mercado e acabaram pesandos sobre as cotações na CBOT. No caso da safra brasileira 2017/18, a estimativa do departamento subiu para 108 milhões de toneladas.

Passado o impacto dos novos dados, porém, os traders deverão focar suas atenções ainda mais nas condições de clima do Brasil e na evolução dos trabalhos de campo a partir de agora. E as chuvas continuam chegando às regiões produtoras do país, favorecendo um avanço efetivo do plantio.

“O mercado esperava um corte mais significativo na projeção de colheita dos EUA e, consequentemente, cortes nos estoques finais. O USDA promoveu um ajuste negativo de apenas 140 mil tons e a produção ainda ficou acima dos 120 milhões. Quanto aos estoques, estes ficaram acima do mês anterior, tanto para os EUA quanto para o mundo – contrariando as expectativas dos participantes’, explica Camilo Motter. Ainda segundo o economista e analista de mercado da Granoeste Corretora de Cereais, “o clima na América do Sul, daqui para frente, se torna a principal variável formadora do preço”.

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