PUBLICIDADE

Soja em Chicago se ajusta e fecha com leves altas

PUBLICIDADE

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a primeira sessão desta semana em campo positivo e com altas ainda tímidas. Em um movimento de correção técnica, as cotações trabalharam durante todo o dia em campo positivo e terminaram os negócios subindo pouco mais de 2 pontos entre as posições mais negociadas.

O mercado internacional deu início à semana já se preparando para importantes relatórios do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que chegam nos próximos dias e podem exercer uma influência expressiva sobre o andamento das cotações, principalmente neste momento de pico do mercado climático e de foco no desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos.

Assim, o vencimento julho/17 fechou o dia com US$ 9,06 por bushel, enquanto o novembro/17, referência para a safra americana, foi a US$ 9,13.

Mercado Brasileiro

A semana, para o mercado brasileiro, começou ainda com preços pressionados. O dólar nesta segunda-feira, afinal, cedeu mais de 1% frente ao real e limitou o avanço das referências no Brasil. A divisa encerrou o dia valendo R$ 3,3015, após bater em R$ 3,2968 na mínima do dia.

Assim, os indicativos nas principais praças de comercialização recuaram entre 0,34% e até 3,17% nesta segunda-feira, como foi o caso de Primavera do Leste, em Mato Grosso, que fechou o dia com R$ 55 por saca.

No porto de Paranaguá, a soja fechou com estabilidade no disponível em R$ 68,50 por saca, e nos R$ 72,00 para a safra nova. Já em Rio Grande, a oleaginosa perdeu 1,17% para encerrar em R$ 67,70 no disponível, mas subiu 1,39% para R$ 73,00 na referência junho/18.

Clima e Safra dos EUA

Nesta segunda-feira, após o fechamento do mercado – às 17h – chega o novo boletim de acompanhamento de safras do departamento norte-americano e esta sessão já contou com a especulação ao redor dos novos números.

Para esse reporte, os traders esperam uma melhora de 1% a 2% no índice de lavouras de milho em boas ou excelentes condições, contra os 67% da semana anterior, e uma melhora para próximo de 70% no caso da soja. Já para o trigo, se espera uma nova baixa de 1 a 2 pontos percentuais em relação aos últimos 42% da seguna-feira passada (19).

No último final de semana, boa parte do Meio-Oeste americano recebeu algumas chuvas em partes importantes e que esperavam por essas precipitações.

“As chuvas nesse final de semana caíram conforme previsões de sexta feira. Choveu nos estados do Sul, Delta, Sul do Missouri leste de Illinois, indiana e Ohio. As chuvas foram leves e moderadas, mas as temperaturas máximas variaram entre 22 e 27 graus. Os estados de Iowa, Nebraska, as Dakotas e minnesota não receberam chuvas, mas foram auxiliadas pelas temperaturas mais baixas”, informa o diretor da Labhoro Corretora, Ginaldo Sousa.

Entretanto, Sousa volta a destacar a divergência entre os modelos climáticos norte-americanos – o americano e o europeu. “Eles estão em sintonia apenas com as temperaturas que devem continuar ligeiramente abaixo do normal até os dias 4 e 5 de junho”.

O diretor da Labhoro lembra ainda que esse é um momento de intensa especulação por parte dos fundos – que fica ainda mais forte com essa divergência dos modelos de clima – e será necessário continuar acompanhando as previsões climáticas que, de determinadas instituições – são atualizadas mais de uma vez.

Os mapas do NOAA, o serviço oficial de clima dos Estados Unidos, mostram que, nos próximos 7 dias, as chuvas seguem ainda presentes em quase todo o Corn Belt, favorecendo o desenvolvimento das lavouras norte-americanas. Há estados podendo receber até 101 mm no acumulado.

No período dos próximos 6 a 10 dias, essas chuvas se mostram ligeiramente mais modestas e pegando uma faixa menor do Meio-Oeste americano. No mesmo intervalo, as temperaturas devem ficar acima da média para o período em todo o país. E previsões mais alongadas indicam ainda, para a segunda semana de julho, chuvas acima da média.

Também nesta segunda-feira, o USDA trouxe ao mercado a atualização sobre os embarques norte-americanos de grãos e os números da soja ficaram dentro do esperado. Na semana encerrada em 22 de junho, os EUA embarcaram 315,099 mil toneladas da oleaginosa, enquanto o esperado pelos traders variava de 190 mil a 380 mil toneladas.

O volume é maior do que o registrado na semana passada e eleva o total acumulado a 52.217,718 milhões de toneladas embarcadas na temporada, enquanto o USDA estimada as exportações totais 2016/17 em 55,79 milhões. No mesmo período do ano comercial anterior, os embarques somavam pouco mais de 44 milhões de toneladas.

Além disso, o departamento informou ainda uma nova venda de soja em grãos da safra 2016/17 para Bangladesh nesta segunda-feira de 110 mil toneladas, o que também acabou atuando como um fator positivo para as cotações, além de confirmarem a boa demanda que ainda se mantém, em partes, nos EUA.

E nos últimos dias, como relata o analista de mercado Miguel Biegai, da OTCex Group, já há o registro de uma ligeira melhora dos prêmios nos Estados Unidos, o que também confirma essa consistência da demanda. “Notamos uma elevação dos prêmios nos EUA com o comprador notando que se ele não melhorar os prêmios, ele não consegue originar”, diz.

Também pelo USDA, na sexta-feira dois relatórios bem esperados pelo mercado: o de estoques trimetrais e o de área plantada nos EUA. As expectativas indicam um aumento para a soja e um recuo no milho em acres plantados nos EUA na safra 2017/18 se comparados aos números divulgados em março.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Exportações da soja de Mato Grosso tem forte queda em novembro

As exportações brasileiras de soja em novembro totalizaram 2,55...

Venda da safra de milho chega a 89% e preço médio aumenta

As vendas da safra 2023/24 de milho em Mato...

Venda da safra da soja em Mato Grosso chega a 99%

A comercialização da soja para a safra 2023/24 em...

Cotação do boi gordo em Mato Grosso cai 4,3%, diz IMEA

A demanda local pelo boi gordo ficou retraída, semana...
PUBLICIDADE