sábado, 4/maio/2024
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Soja: comercialização no Brasil pode ficar lenta com preços sem força de recuperação

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Na sessão desta terça-feira, pós feriado nos EUA e de retomada de negócios, os futuros da soja fecharam em campo negativo. Os preços perderam mais de 6 pontos entre os principais vencimentos, com o março/17 encerrando o dia com US$ 10,26 por bushel e o maio/17, referência para a safra do Brasil, com US$ 10,37.

“É um momento de safra e era previsto que os preços cederiam, isso é normal”, explica o consultor de mercado Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios. Dessa forma, os preços podem seguir recuando, sentindo a pressão da chegada da nova oferta da América do Sul, especialmente do Brasil, dado avanço da colheita. Nesse quadro, é possível, como explica o consultor, que as cotações busquem os patamar dos US$ 10,00 novamente.

Os bons números dos embarques semanais de soja dos EUA foram, inclusive, insuficiente para promover uma mudança de direção do mercado após seu reporte. Na semana terminada em 16 de fevereiro, os EUA embarcaram 1.076,390 milhão de toneladas, contra 1.145,532 milhão da semana anterior e frente ao intervalo esperado pelo mercado de 1,09 a 1,28 milhão de toneladas. No acumulado da temporada, os embarques americanos da oleaginosa já somam 42.665,362 milhão de toneladas, bem acima das 37.550,639 milhões do mesmo período do ano comercial anterior.

Enquanto as cotações iniciaram a semana encontrando suporte nas chuvas do último final de semana na Argentina, a melhora do financeiro e do dólar index acabaram pesando sobre os futuros da oleaginosa, segundo explicam analistas internacionais.

“O dólar avança diante da ideia de que o Federal Reserve possa, realmente, aumentar as taxas de juros nos EUA de novo em sua reunião que acontece nos dias 14 e 15 de março”, explica o analista do portal Farm Futures, Bryce Knorr. Nesta terça, o dollar index encerrou a sessão com alta de quase 0,5% e superando os 100 pontos.

Com o dólar ainda baixo, as perdas observadas em Chicago tiveram seu efeito potencializado na formação dos preços no Brasil. E, como relatou Ênio Fernandes, oe negócios permanecem parados já que as cotações cederam ainda mais. “E a comercialização pode ficar ainda mais lenta se os preços caírem mais. Os negócios param em determinado nível de preço”, diz.

No interior do país, o recuo entre as principais praças de comercialização variaram entre 0,76% a 1,69% e em muitas delas os R$ 60,00 por saca já ficaram para trás, pelo menos por enquanto, como em Campo Novo do Parecis/MT, que ficou com R$ 57,50. A exceção ficou por conta de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, onde o preço subiu 1,54% para R$ 66,00.

Em Paranaguá, as referências fecharam o dia com estabilidade e em R$ 73,00 por saca tanto no disponível quanto no mercado futuro, referência para março. No porto de Rio Grande, o disponível foi a R$ 72,50 por saca, com baixa de 1,36%, e no futuro, junho/17, R4 74,50 e queda de 1,97%.

Porém, Fernandes lembra ainda que “sem ajuda do câmbio, é difícil Chicago perder um pouco mais. O mercado poderia chegar a US$10/bushel, mas não duraria por se tornar oportunidade de compra. Mesmo que se sustente em níveis baixos, vai ter volatilidade. Assim, o produtor terá que estar muito atento para capturar as oportunidades”.

A diferença fica para o produtor que pode vender sua soja em dólares, onde os preços foram mantidos e ainda geram bons negócios.

Fonte: Notícias Agrícolas

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