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Soja: com números do USDA, mercado fecha com estabilidade em Chicago

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Apesar de um dia cheio de dados, o mercado da soja fechou a sessão desta quinta-feira com estabilidade na Bolsa de Chicago. Os principais contratos terminaram a sessão com baixas de pouco mais de 1 ponto, com exceção do agosto/18, que subiu 0,25 para ficar em US$ 10,73 por bushel. O maio/18, que é o mais negociado nesse momento, ficou em US$ 10,64.

“O relatório do USDA não trouxe muitas novidades e isso fez com que o mercado não mexesse tanto (…) Ontem até gritou um pouco mais, hoje já não deu tanta importância”, explica a analista de mercado Rita de Baco, da De Baco Corretora de Mercadorias.

Entre os destaques, ficaram a leve correção da safra brasileira para 113 milhões de toneladas, contra 112 do mês anterior e, principalmente da Argentina, com 47 milhões de toneladas, enquanto em feverereiro esse número era de 54 milhões.

O número argentino, apesar de menor, ainda é maior se comparado a outras projeções, principalmente as das bolsas de valores do país. Ainda nesta quinta, por exemplo, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires trouxe uma estimativa de 42 milhões de toneladas, podendo trazer novos cortes nos próximos meses.

Ainda tratando dos números do USDA, o mercado recebeu ainda uma nova baixa nas exportações norte-americanas para menos de 57 milhões de toneladas, bem como aumentou as brasileiras de 69 para 70,5 milhões de toneladas. Assim, os estoques finais dos EUA subiram e ficaram em 15,1 milhões de toneladas.

O que trouxe algum suporte às cotações, no entanto, foram também números do USDA, mas os das vendas semanais para exportação dos Estados Unidos, que vieram acima das expectativas do mercado e superando 2 milhões de toneladas.

Na semana encerrada em 1º de março, os EUA venderam 2.509,5 milhões de toneladas de soja da safra 2017/18, enquanto o mercado apostava em algo entre 1 milhão e 1,7 milhão de toneladas. O volume maior, como tradicionalmente acontece, foi adquirido pela china. No acumulado da temporada, o total vendido pelos americanos já chega a 48.005,0 milhões de toneladas, contra pouco mais de 52,9 milhões do ano passado, nesse mesmo período. O USDA espera que as vendas totalizem 57,15 milhões de toneladas.

Da safra 2018/19 foram vendidas 143,9 mil toneladas da oleaginosa.

Preços no Brasil

No Brasil, dia de estabilidade para praticamente todas as praças de comercialização do interior do Brasil, mas de novas altas nos portos. Algumas referências encontraram espaço para subir na retomada do dólar, que voltou a subir nesta quinta-feira.

A moeda americana fechou com seu maior nível em um mês, registrando uma alta de 0,63% e valendo R$ 3,2645.

Em Paranaguá, R$ 79,70 por saca no disponível, caindo 0,99%, mas subindo 0,62% para R$ 81 na referência maio/18. Já em Rio Grande, R$ 78,90 e R$ 79,70, respectivamente, com altas de 0,13% e 0,25%.

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