domingo, 19/maio/2024
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Soja amplia perdas e fecha no vermelho na CBOT

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Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago ampliaram suas baixas na sessão desta terça-feira para encerrarem o dia recuando entre 7,75 e 8,25 pontos. Dessa forma, os vencimentos julho/17 – que ainda é o mais negociado na CBOT – e novembro/17 – referência para a safra americana – perderam o patamar dos US$ 9,50 e fecharam o pregão com US$ 9,48 por bushel.

“Temos um conjunto intenso de variáveis que está fazendo o mercado o mercado se mexer tanto lá fora, quanto aqui dentro”, diz o consultor de mercado da França Jr. Consultoria, Flávio França Junior. “E o saldo nesta terça-feira foi negativo, com o dólar caindo, negativo no Brasil também”, completa.

França explica ainda que os fundamentos para a commodity na CBOT seguem baixistas, considerando a boa oferta global, além da perspectiva – até esse momento – de uma boa safra americana na nova temporada e frente ao expressivo aumento de área em relação ao ano passado.

Além disso, a pressão vem ainda do quadro político norte-americano – além do brasileiro – que, ao trazer incerteza, eleva o sentimento de aversão ao risco, fazendo os investidores se voltarem para o dólar, deixando parte de suas posições entre as commodities, incluindo a soja.

“A única salvação da soja é que milho e trigo estão com um viés mais positivo”, acredita o consultor, o que impede a soja de ter uma queda maior. A tendência, segundo França, portanto, ainda é negativa para as cotações, mesmo em um momento em que o clima inspira atenção no Corn Belt e que continua pesando sobre o andamento das cotações.

“As projeções climáticas atualizadas para os Estados Unidos na tarde de hoje trouxeram uma melhora nos mapas climáticos para além de sexta-feira, principalmente ao oeste do Cinturão Agrícola. O começo de junho se mostra com chuvas mais modestas e periódicas. Entrentanto uma nova rodada de ventos frios é prevista para o começo da próxima semana através da região Central dos Estados Unidos. Algumas partes da safra de milho no Centro Oeste americano já se mostra com um tom amarelado devido aos excessos de umidade e dias nublados das últimas semanas. Dias ensolarados e temperaturas altas são necessárias para aumentar o vigor da safra dos Estados Unidos”, explica a AgResourece Brasil.

Mercado Brasileiro

No Brasil, a combinação dos recuos em Chicago e mais uma queda do dólar – de 0,31% frente ao real, levando a moeda a R$ 3,2662 – pesou diretamente sobre as cotações no Brasil. “(Mas) a tendência do dólar segue indefinida, podendo voltar a subir fortemente se a crise envolvendo o presidente Michel Temer se estender por muito tempo”, avaliou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik à agência de notícias Reuters.

Em Rio Grande, a soja disponível fechou a terça-feira recuando 1,41% para R$ 70 por saca e a da safra nova, 1,74% para R$ 73,50. Entre as principais praças de comercialização do interior do Brasil, as baixas ficaram entre 0,44% e 1,79%. Algumas exceções ficaram por conta de Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul, onde o valor da soja foi a R$ 59 por saca e em Panambi, com alta de 0,81% para R$ 60.

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