Região importante na cadeia produtiva de banana, o Médio-Norte do Estado será contemplado com a instalação de 50 Unidades de Referência Tecnológica (URTs), distribuídas em 13 municípios que compõem o consórcio Alto do Rio Paraguai. A iniciativa é uma das ações previstas pelo Pró-Banana, programa de incentivo à produção desta fruta. Cada área terá um hectare e será selecionada de acordo com os requisitos exigidos pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf).
Assim, os pequenos produtores terão acesso, nestas propriedades, a insumos, como mudas, adubos e defensivos agrícolas. Já a família do agricultor ficará encarregada da mão de obra para plantio e condução do pomar, além do sistema de irrigação, o preparo do solo e as ferramentas necessárias. Serão realizados dias de campo e visitas técnicas para que os agricultores sejam orientados quanto ao plantio de mudas de banana. O primeiro dia de campo ocorrerá entre os dias 23 e 27 de outubro, em Sinop.
“Este é um dos programas produtivos de apoio da Seaf, que possui apoio tanto da Empaer, como da Embrapa para que possamos disseminar o melhor conhecimento sobre produção de mudas in vitro de banana. Percebemos no Médio-Norte grande potencial produtivo e iremos alavancar essa vocação regional”, comentou o secretário de Estado de Agricultura Familiar, Suelme Fernandes.
Também entre as ações do Pró-Banana está o investimento de R$ 21 mil na reforma e reestruturação do Laboratório de Produção de Mudas de Banana in Vitro em Arenápolis, que vai atender não só o município, mas toda a região. Com isso, o laboratório foi reativado e a expectativa é que no próximo ano 10 mil mudas já estejam disponíveis. A unidade trabalhará com as variedades banana da terra (farta velhaco), maçã (BRS Princesa) e nanica (williams).
A utilização de mudas de laboratório visa melhorar a qualidade e o nível de produtividade, como explica o engenheiro agrônomo Luciano Gomes Ferreira, responsável pela cadeia produtiva de Horticultura da Seaf. “A muda in vitro é isenta de doença, como o Mal do Panamá, por exemplo, e é padronizada, ou seja, o agricultor terá um pomar mais uniforme, com matriz de boa qualidade genética”. Em 2018, a intenção é disponibilizar a muda de laboratório a um preço mais acessível, pois atualmente os produtores precisam adquirir de outro estado, o que encarece o custo”.