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Quantidade de gado em confinamento em Mato Grosso diminui

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Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)

O primeiro levantamento das intenções de confinamento em Mato Grosso, feita pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), mostra que a estimativa da quantidade de animais confinados este ano é de 577.550 cabeças. A pesquisa foi feita em 173 unidades de confinamento, representando 71% do total. O resultado é 16% menor em relação a abril do ano passado e quase 30% se comparado com outubro.

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) destaca que a realidade reflete na capacidade estática do estado, uma vez que quatro propriedades desativaram a estrutura de confinamento. “Isso pode justificar a menor quantidade de unidades confinadoras neste levantamento. Assim, a capacidade estática será de 811.230 cabeças, valor 8,62% menor do que 2019”, aponta o levantamento.

Dentre as regiões, somente a centro-sul possui previsão de aumentar a quantidade de animais confinados neste ano, com variação de 3,23% a mais em comparação com 2019. As outras regiões demonstram cautela: produtores sem previsão de confinamento somam quase 15% este ano, frente aos 31,7% que informaram que não irão confinar.

Mais de 70% dos animais devem ser confinados em estruturas próprias, enquanto o restante em estrutura de terceiros.

O Imea analisa que é normal o produtor apresentar um comportamento mais moderado no primeiro levantamento do ano, reflexo da necessidade de estudo do mercado futuro, dentre outras ações. Dentre as principais preocupações do pecuarista estão a cotação do boi gordo; pandemia da Covid-19; preços dos insumos de suplementação e as cotações dos animais de reposição.

Essa quantidade restante, como dito anteriormente, pode estar atrelada à preocupação dos confinadores com o aumento dos preços dos animais de reposição porque as cotações destas categorias estão em crescimento desde o segundo semestre de 2019, sendo que no final do ano a alta começou a ser mais intensa.

Este movimento tem sido causado pela menor oferta destes animais, devido ao momento do ciclo pecuário proporcionado pelo maior abate de fêmeas nos anos anteriores. Além disso, a exportação de carne bovina para a China também é um fator que tem impulsionado as cotações no mercado de reposição, pois os volumes enviados estão satisfatórios e o produto demandado pelo mercado chinês é de animais jovens, o que acaba valorizando estas categorias, informa a assessoria.

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