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Produtores de milho em Mato Grosso faturaram R$ 389 milhões em 2017

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Produtores de milho de Mato Grosso faturaram R$ 389,676 milhões na última safra com o cultivo de 4,639 milhões de hectares. Estudo divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que no ciclo 2016/2017 a rentabilidade por hectare plantado com o cereal alcançou R$ 84 no Estado.

O valor de referência considera o retorno obtido pelos produtores no município de Primavera de Leste ( a 231 km ao Sul de Cuiabá) com a venda da saca de 60 kg do grão ao valor médio ponderado de R$ 24,18 no período da colheita. Para obter esse retorno, os produtores arcaram com custeio médio de R$ 1,524 mil por hectare.

O resultado financeiro positivo na temporada anterior reverteu o ciclo de 3 safras sucessivas contabilizando prejuízos com a cultura do milho em Mato Grosso, demonstra o estudo da Conab. Apesar da inversão na trajetória deficitária, a margem líquida positiva continuou bem abaixo daquela obtida na safra 2012/2013, quando chegou a R$ 526 por hectare. No ano seguinte, os produtores mato-grossenses tiveram prejuízo de R$ 580/ha. A perda financeira foi ainda maior no ciclo 2014/2015, quando chegou a R$ 617/ha e voltou a se repetir na temporada 2015/2016 ao alcançar R$ 32/ha.

De acordo com a Conab, a pesquisa leva em conta a influência dos preços como incentivo para maiores investimentos dos produtores, ano a ano, em estados das regiões Centro -Oeste, Sudeste, Sul e Nordeste. Além de rentabilidade, os pesquisadores da Conab avaliaram a evolução da produtividade, área plantada e produção das duas safras na maioria das regiões produtoras de milho.

No quesito rentabilidade do grão plantado em 2ª safra, os maiores resultados positivos foram observados em Mato Grosso e Goiás na safra 2010/2011. Naquela temporada, os produtores mato-grossenses tiveram lucro de R$ 656/ha. Já o plantio de 1ª safra teve melhor rendimento em 2015/2016 para áreas produtoras de Campo Mourão (PR) e Passo Fundo (RS).

Presidente nacional da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja Brasil), Marcos da Rosa, discorda da avaliação do governo e afirma que na última safra os produtores arcaram com o prejuízo. Para a safra 2017/2018, a expectativa é obter algum lucro, já que o atraso no plantio do cereal poderá diminuir a oferta do produto e assim os preços subirem.

Contudo, ele afirma que os custos continuam em elevação. “Para o produtor ganhar um pouco tem que ter alta produtividade e sorte de alcançar preço acima de R$ 25 por saca. Mas, o custo tem empatado com o lucro”, conclui o representante dos produtores.

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