Alex Santos Lopes, analista da Scot Consultoria, destaca que a semana começa com o mercado do boi gordo parado, poucos negócios e muitas indústrias fora das negociações. É uma segunda-feira típica, mas é possível dizer que as tentativas de R$2 a R$4 abaixo da referência não existem mais, o que pode ser um indicativo de um menor número de animais de pasto.
Ainda não há um esboço de reação, por mais que a oferta esteja diminuindo. Isso deve ocorrer quando houver uma oferta mais escassa – e o ideal seria, como aponta Lopes, que o consumo também tivesse uma melhora.
Hoje, o preço do boi gordo gira em torno de R$124/@ em São Paulo, R$113/@ a R$114/@ no Mato Grosso do Sul e R$112/@ a R$113,50/@ no Mato Grosso, todos os preços livres de Funrural.
De acordo com o que o mercado futuro vem indicando, deve haver uma entressafra atípica e um menor número de animais confinados. Entretanto, ainda não é possível descartar outros fatores de formação de preços, como o consumo e o risco JBS.
Na BM&F, o boi gordo está a R$135/@ no mercado futuro, o que pode ser utilizado como uma ferramenta para os produtores para comprarem posições, especialmente para quem possui animal confinado neste momento. Nesse ano, o mercado a termo está menor do que no ano passado, tornando o mercado futuro a melhor opção de contrato.
Os frigoríficos têm comprado “a conta-gotas” e o animal de primeiro giro não tem sido um impasse para compra de boiada. As escalas em São Paulo são de 5 a 6 dias úteis e não há interesse que essas escalas alonguem muito, com os frigoríficos procurando fazer compras ajustadas à demanda.