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Preços da soja voltam a subir nos portos e mercado em MT segue travado pelos fretes

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Os preços da soja nos portos do Brasil testaram patamares melhores nesta quarta-feira (20) nos portos e interior do país pegando uma carona na alta de mais de 1% do dólar frente ao real. Os prêmios mais altos também ajudam a compensar as cotações mais baixas no mercado internacional.

Em Rio Grande, a soja disponível subiu 3,46% e foi a R$ 83,80 por saca e 3,68% na referência julho/18 para R$ 84,50. Em Paranaguá, apenas a soja disponível fechou em alta, subindo 1,22% para R$ 83,00. Enquanto isso,no terminal paranaense, queda de 1,82% para R$ 81,00 no março/19.

No interior, as altas chegaram a 5,88%, como foi o caso de Brasília, onde o último indicativo ficou em R$ 72,00 por saca, mas bons ganhos foram observados também em praças da região Sul do Brasil, como as do Paraná, onde as referências subiram mais de 1%. Já em Mato Grosso, por outro lado, as praças seguem sem referência na maior parte delas, ainda em função do travamento pelo qual passa o mercado de grãos em função das incertezas sobre o frete.

Em algumas delas, o valor da saca de soja caiu, como em Tangará da Serra, que fechou o dia com 1,52% de baixa, para R$ 65,00, ou Campo Novo do Parecis, onde a baixa foi de 2,31% para R$ 63,00.

Entre os prêmios, o destaque desta quarta ficou por conta da posição setembro/18, em Paranaguá, onde subiu 11,43% para chegar a US$ 1,95 por bushel acima dos valores praticados na Bolsa de Chicago. Julho ainda tem US$ 1,65 e o agosto, US$ 1,70.

Como explicou o consultor em agronegócio da Terra Agronegócios, Ênio Fernandes, a comercialização permanece travada no Brasil, com navios que levariam entre 14 e 15 dias para se abastecer tendo que gastar até 40 dias.

As oportunidades que a disputa comercial entre China e Estados Unidos está trazendo ao mercado brasileiro, no entanto, não estão sendo aproveitadas com todo seu potencial por conta dessa instabilidade em relação ao custo logístico.

Nesta quarta-feira, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu mais uma semana para que caminhoneiros e empresas tentem um acordo na questão dos preços dos fretes. Além disso, a ANTT (Agência Nacional dos Transportes Terrestres) abriu uma consulta pública para discutir a tabela dos preços na tentativa da construção de uma nova tabela.

O pregão desta quarta-feira foi bastante volátil para o dólar frente ao real, porém, em um movimento de correção, a moeda americana terminou o dia com alta de 1,03% e valendo R$ 3,7827.

“O mercado fez algumas compras, mas esperava que o Banco Central atuasse novamente. Ele colocou pouco swap hoje”, disse o gerente de câmbio do grupo Ourominas, Mauriciano Cavalcante.

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