A aplicação da vacina contra aftosa em dose reduzida de 2 mililitros, prevista na Instrução Normativa nº 11 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, deverá valer neste ano, mas a partir da segunda fase de aplicação, que sempre acontece no segundo semestre, explicou nesta quarta-feira o secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel. “É importante ressaltar que o pecuarista não procure, agora, em maio, as vacinas com a nova formulação”, alertou.
Um dos principais objetivos na mudança da vacina será a injeção de menor volume de óleo mineral, com consequente redução de reações alérgicas nos animais. “Trabalhamos muitos anos com a dose de 5mls. A transição precisa ser feita de maneira adequada com todas as vigilâncias necessárias por parte do Ministério da Agricultura para que, com a redução da dose, se mantenham as mesmas garantias. Por isso, esse cuidado”, afirmou.
O secretário lembrou que “cem por cento dessas vacinas, que são produzidas no Brasil para vacinação de febre aftosa, são testadas pelos Lanagros, os laboratórios oficiais agropecuários do Ministério da Agricultura. Também se mantém vigilância no mercado para garantir a eficiência da vacina”.
Imunização
Rangel disse que o produtor pode ter tranquilidade em relação ao novo produto que será ofertado, “pois estará atestado pelo ministério e com a segurança necessária”. Mas lembrou que o mesmo cuidado em relação ao produto deve haver também com o manejo. A aplicação da vacina é fundamental para eficiência da imunização, observou. É importante que o pecuarista seja capacitado para aplicar a nova dose. “Para fazer isso e assegurar a transição saudável, que vá além do cuidado com o insumo, fizemos parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) e o Senar”.
Rangel enfatizou ainda: “O mais importante para nós é fazer com que a imunização tenha todas as características de segurança e eficiência para manter o status sanitário que temos hoje. Nós viemos já de 50 anos trabalhando com a erradicação dessa doença no Brasil e a vacinação foi ferramenta fundamental para atingirmos o status atual”. O país está livre da aftosa com vacinação, o que deverá ser referendado, em maio próximo, pela OIE (Organização Mundial de saúde Animal). Santa Catarina é o único estado livre sem vacinação.
Conjunto de normas previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) traz as ações que serão desenvolvidas nos próximos dez anos para o Brasil tornar-se área livre da doença sem vacinação a partir de 2023.