O movimento de alta do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) se confirmou pelo segundo dia, nesta quarta (19), fechando acima das principais médias móveis. Ficaram mais acentuadas as atenções sobre a produtividade da safra americana, pois boa parte do cereal replantado entrará em polinização no período de duas semanas, quando as previsões ainda indicam tempo quente e seco como nos últimos dias.
Os dois vencimentos que restam em 2017, setembro e dezembro, se mantiveram com os mesmos ganhos verificados no início da tarde, com variação de 5,50 pontos ambos, respectivamente em US$ 3,82 e US$ 3,96 o bushel.
Começa que os traders estão aguardando o fim de semana, em que as temperaturas podem atingir 100 graus Fahrenheit no Kansas e Missouri, depois de o USDA ter rebaixo 1%, para 64%, as lavouras em condições boas e excelentes. Portanto, já afeta muito milho em fase de polinização.
Como também à frente, como comunicou a Farm Futures, as perspectivas vão impactar também muito milho que precisou ser replantado. E aqui por causa das chuvas na janela original de plantio.
Físico
Nas principais praças produtoras, a commodity ficou parada, com os dois lados negociantes retraídos. A demanda externa deixa os vendedores fora de um mercado interno deprimido pela safrinha.
E os compradores estão seguindo às compras apenas para as necessidades imediatas.
Apenas em Sorriso, no Mato Grosso, a saca experimentou mais 5% de expansão, indo a R$ 10,50. Ainda o milho mais barato do Brasil.
Em Cascavel e Campo Mourão, por exemplo, a saca ficou em R$ 17,50.
Os contratos futuros no mercado brasileiro da BM&F Bovespa fecharam puxados pelo ganho de Chicago e pelo fator exportador, apesar do dólar em queda, mas ainda próximos da zona neutra, como o setembro a 0,38%, R$ 26,35.
O novembro ficou mais alto, em 1,42%, a R$ 28,50, refletindo a entressafra.