O governador Pedro Taques se reuniu nesta segunda-feira com representantes do Banco do Brasil e Banco da Amazônia para agilizar a liberação de recursos de empréstimos para fomentar a economia do Estado. Preocupadas com a questão ambiental, as instituições financeiras cobram dos produtores documentos que comprovam a legalidade das atividades.
Para agilizar a concessão de empréstimos, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, emite a chamada Autorização Provisória de Funcionamento de Atividade Rural (APF), o governo de Mato Grosso quer que o documento seja aceito em substituição ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), já que leva maior tempo para ser confeccionado.
Segundo o secretário da Sema, André Baby, as instituições financeiras estão preocupadas com a questão ambietal e isso é um grande avanço. Agora, o estado de Mato Grosso estuda de que forma as APFs podem ser aceitas pelas intituições bancarias em substituição ao CAR.
“Os bancos visam financiar a produção, mas de uma maneira prudente e adequada, sem qualquer contraponto ou choque com a legislação de Mato Grosso”, disse Baby. O secretário deve se reunir com Aprosoja, Famato, Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Procuradoria-Geral do Estado para debater a minuta de um decreto.
O representante do Banco do Brasil no encontro, Sotero Sierra Neto, disse que a instituição aguarda apenas essa decisão para dar início às ofertas de crédito. Conta que no ano passado foram disponibilizadas quase R$ 3 bilhões do Fundo Constitucional do Centro-Oeste ao estado. Sendo usados R$ 2,3 bilhões e o banco pretende dobrar o valor emprestado tendo em vista o reaquecimento da economia.
Segundo ele, no ano passado houve uma dificuldade por conta do APF e CAR e são necessárias alterações na legislação para facilitar acesso aos recursos. O deputado federal Nilson Leitão, defendeu um projeto que dê aos estados autonomia para fazer cadastros.
Participou também do encontro o presidente da Famato, Normando Corral, representando o setor produtivo de Mato Grosso.