segunda-feira, 29/abril/2024
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Entidades formam comitê para acompanhar crise no mercado de carnes

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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Associação Brasileira da Proteína Animal (ABPA) decidiram constituir um Comitê de Gestão de Crise para acompanhar e propor soluções em relação aos problemas enfrentados pelas carnes de aves e suínos do Brasil no mercado internacional.

A decisão foi tomada durante uma reunião com representantes das duas entidades nesta terça-feira, em Chapecó. A preocupação do Comitê é assegurar a sustentabilidade da cadeia produtiva de carnes, o emprego dos trabalhadores nas indústrias e a viabilidade dos produtores rurais integrados.

“Precisamos estabelecer um pacto do tipo ganha-ganha entre produtor e indústria para que todos sejam adequadamente remunerados e para que, em situação de crise, todos suportem de modo proporcional às dificuldades”, disse o presidente da CNA João Martins da Silva Júnior.

A pauta prioritária já foi estabelecida e vai tratar de quatro temas: a imagem dos produtos brasileiros no exterior, a flexibilização dos financiamentos pelos Bancos oficiais e privados, o suprimento de milho e a comunicação social. Na próxima terça-feira (15), o grupo se reunirá para colocar em prática as primeiras medidas.

O diretor da ABPA, Ariel Mendes, afirmou que é necessário reagir de forma articulada para evitar a perda de mercados duramente conquistados pelo Brasil. Segundo ele, Europa e Ásia serão os primeiros alvos de ações de recuperação de mercado.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, defende uma atuação mais agressiva da diplomacia brasileira em defesa dos produtos nos grandes mercados mundiais.

A motivação para a criação do Comitê é o fato das companhias avícolas e de suínos enfrentarem dificuldades desde agosto do ano passado. O quadro agravou-se no último bimestre de 2017, quando várias empresas foram desabilitadas a exportar para a Europa. No mesmo período, a Rússia, que representava um grande comprador de produtos cárneos, suspendeu as importações. Nesse momento não há previsão de retomada desses mercados.

Simultaneamente, o suprimento do milho – principal insumo da cadeia – apresenta distorções causadas pela retenção dos estoques, o que eleva seu custo e encarece a produção de aves e suínos.

A reunião também contou com a participação do superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, e da superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra.

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