PUBLICIDADE

Entidades formam comitê para acompanhar crise no mercado de carnes

PUBLICIDADE

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Associação Brasileira da Proteína Animal (ABPA) decidiram constituir um Comitê de Gestão de Crise para acompanhar e propor soluções em relação aos problemas enfrentados pelas carnes de aves e suínos do Brasil no mercado internacional.

A decisão foi tomada durante uma reunião com representantes das duas entidades nesta terça-feira, em Chapecó. A preocupação do Comitê é assegurar a sustentabilidade da cadeia produtiva de carnes, o emprego dos trabalhadores nas indústrias e a viabilidade dos produtores rurais integrados.

“Precisamos estabelecer um pacto do tipo ganha-ganha entre produtor e indústria para que todos sejam adequadamente remunerados e para que, em situação de crise, todos suportem de modo proporcional às dificuldades”, disse o presidente da CNA João Martins da Silva Júnior.

A pauta prioritária já foi estabelecida e vai tratar de quatro temas: a imagem dos produtos brasileiros no exterior, a flexibilização dos financiamentos pelos Bancos oficiais e privados, o suprimento de milho e a comunicação social. Na próxima terça-feira (15), o grupo se reunirá para colocar em prática as primeiras medidas.

O diretor da ABPA, Ariel Mendes, afirmou que é necessário reagir de forma articulada para evitar a perda de mercados duramente conquistados pelo Brasil. Segundo ele, Europa e Ásia serão os primeiros alvos de ações de recuperação de mercado.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, defende uma atuação mais agressiva da diplomacia brasileira em defesa dos produtos nos grandes mercados mundiais.

A motivação para a criação do Comitê é o fato das companhias avícolas e de suínos enfrentarem dificuldades desde agosto do ano passado. O quadro agravou-se no último bimestre de 2017, quando várias empresas foram desabilitadas a exportar para a Europa. No mesmo período, a Rússia, que representava um grande comprador de produtos cárneos, suspendeu as importações. Nesse momento não há previsão de retomada desses mercados.

Simultaneamente, o suprimento do milho – principal insumo da cadeia – apresenta distorções causadas pela retenção dos estoques, o que eleva seu custo e encarece a produção de aves e suínos.

A reunião também contou com a participação do superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, e da superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Exportações da soja de Mato Grosso tem forte queda em novembro

As exportações brasileiras de soja em novembro totalizaram 2,55...

Venda da safra de milho chega a 89% e preço médio aumenta

As vendas da safra 2023/24 de milho em Mato...

Venda da safra da soja em Mato Grosso chega a 99%

A comercialização da soja para a safra 2023/24 em...

Cotação do boi gordo em Mato Grosso cai 4,3%, diz IMEA

A demanda local pelo boi gordo ficou retraída, semana...
PUBLICIDADE