Em 2017, a importação de aeronaves agrícolas aumentou 1,5%, o que representa 32 aeronaves, os números são ainda mais positivos se for considerado o acumulado durante os últimos dez meses, que chegou a 46,2%. Os dados da Agência Federal de Aviação (FAA), indicam que a frota brasileira é a segunda maior do mundo, composta por 2.115 aeronaves, sendo 2.108 aviões e sete helicópteros, perdendo apenas para os Estados Unidos, que possuem 3,6 mil aeronaves agrícolas.
O estado brasileiro que tem o maior número de aeronaves agrícolas é o Mato Grosso (464), seguido por Rio Grande do Sul (427) São Paulo (314) e Goiás (277) e Minas Gerais, que teve o maior crescimento em sua frota, passando de 71 aeronaves em 2016 para 82 em 2017, o que equivale a um aumento de 15,5 %. Luiz Ferraz, diretor da área de importação de aeronaves na Razac, explica que as importações no setor cresceram porque também aumentou a procura por aeronave agrícola turbo-hélice, que não são fabricadas no País e tem maior capacidade de aplicação do que as de pistão. “Notamos um crescente na demanda de modelos agrícolas, principalmente por conta do crescimento da economia”, afirma.
Apesar desse aumento, Ferraz ressalta que o processo para se adquirir uma aeronave desse tipo é demorado e complexo, isso porque envolve questões como contrato de compra, aspectos legais e técnicos, traslados e o desembaraço aduaneiro. “Uma importação realizada de forma incorreta pode trazer prejuízos difíceis de recuperar. Além de verificar a legislação, o apoio de um consultor é fundamental, pois o que funciona para o produtor vizinho, nem sempre pode funcionar para o outro”, destaca.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o crescimento na importação de aeronaves agrícolas voltou a crescer após anos de baixa, impulsionadas pela expansão de 13% da agropecuária. Ferraz afirma que a empresa acredita que a procura pela aeronave importada deva ser ainda maior no próximo ano.“Temos uma previsão otimista para 2018, de que o Brasil importe entre 30 e 40 aeronaves turbo-hélice novas, alcançando até 25% a mais do que no ano passado. Como não há produção do produto no Brasil e os impostos de importação são baixos, a compra no exterior se torna ainda mais atrativa”, conclui.
As informações são do portal Agrolink.