A comercialização do milho produzido na safra 2016/2017 em Mato Grosso atinge 60,54%, envolvendo 16,859 milhões de toneladas. Em maio, o avanço foi de 13,8 pontos percentuais, com a venda de 3,8 milhões (t) do grão. A previsão é que nesta temporada sejam colhidas 28,099 milhões (t). Os dados são do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea).
Apesar do avanço da comercialização no último mês, influenciado pela elevação dos preços, resultado dos leilões e da alta no dólar, em relação à safra do ano anterior há uma grande diferença no percentual de vendas. Em junho de 2016, a produção da safra 2015/2016 havia alcançado 84,8% de comercialização. Este ano, o índice está 24,2 pontos percentuais abaixo, segundo acompanhamento feito pelo Imea.
Uma das explicações para o atraso nas vendas é a safra recorde deste ano, que representa avanço de 47,1% ante a safra de 2015/2016, que fechou com a produção de 19,097 milhões (t). A alta do dólar e o aumento no preço do milho puxaram as vendas de maio. Até o dia 18 daquele mês, o dólar apresentava alta de 5,42% ante o início do mês, o que fez com que as vendas de milho se adiantassem, aponta o Imea.
O preço médio do produto fechou em R$ 16,10 (saca com 60 kg), aumento de 11,1% ante o mês anterior. Segundo o presidente do Sindicato Rural de Alta Floresta, Walmir Naves Coco, a leve melhora de preço ainda não resultou em aumento da comercialização em relação à safra anterior devido à redução do preço na comparação anual.
“No ano passado, a saca de milho chegou a ser comercializada por R$ 36 e nesta o preço caiu para até R$ 12. Então, o preço do milho está ruim. Outro fator é a queda do confinamento pelos pecuaristas, que sofrem com recuo na cotação da arroba, o que consequentemente afeta a venda do milho, por ser insumo da pecuária”.
A colheita da 2ª safra de milho também avançou em maio e chegou a 5,43% da área plantada.