segunda-feira, 29/abril/2024
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Maioria das vagas de emprego não foi preenchida em Mato Grosso

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A Gazeta (foto: Só Notícias/Guilherme Araújo)

Menos da metade das vagas de emprego com carteira assinada em Mato Grosso é preenchida. Neste ano, até outubro, foram anunciadas 32.829 oportunidades em todo o Estado, das quais 13.491 (41%) foram ocupadas. A inserção dos trabalhadores no mercado laboral em 2021 se manteve praticamente no mesmo patamar do ano anterior. 

Em 2020, período marcado pelos altos índices de contágio e mortes pelo novo coronavírus, 41,7% das 23.538 vagas foram aproveitadas por 9.833 candidatos, conforme dados do Otmar de Oliveira Adriana destaca dificuldades em todas as vagas Inserção se mantém no mesmo patamar que em 2020 João Vieira Oportunidades aumentaram, mas maioria não está preparada para o trabalho Só 41% das vagas em MT são preenchidas este ano Sistema Nacional de Emprego (Sine) atualizados até outubro pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania. 

De um ano para o outro, a oferta de emprego aumentou 39,4% em Mato Grosso, mas o aproveitamento das vagas se manteve baixo. A pandemia agravou a dificuldade de ocupação dos postos de trabalho. Em 2019, período pré -pandêmico, foram ocupadas 53,6% das 27.021 vagas anunciadas pelo Sine. Foram 14.484 inserções de trabalhadores até setembro. Não é de agora, porém, o descompasso entre oferta e demanda no mercado laboral. 

Em alguns municípios mato-grossenses com desenvolvimento econômico acelerado há um “apagão” de mão de obra, diz o superintendente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Mauro Santos. O aumento do número de empresários individuais desde 2019 reforça o apagão no Estado. É o que revela levantamento do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt). 

Até 2018 a criação de empresas de natureza individual no Estado vinha desacelerando. Naquele ano, 1.186 empresas individuais foram extintas, conforme painel de mapas de empresas do governo federal. A partir do ano seguinte, o número salta para 28.874 novos negócios constituídos com natureza individual. A ascensão do empreendedorismo continua em 2020, quando surgiram 36.692 novos empreendimentos individuais em Mato Grosso. 

Neste ano, até a 1ª semana de novembro, são 33.295 novos negócios no Estado, controlados por uma única pessoa, sem sócios. Neste regime jurídico estão enquadrados os Microempreendedores individuais (MEIs) e as microempresas optantes do Simples Nacional. Outro fator que contribui para a baixa oferta de mão de obra, especialmente nos municípios do interior, é o desemprego friccional. Ou seja, a taxa natural de desemprego ligada ao tempo de intervalo dado entre um emprego e outro pela força de trabalho, explica o coordenador do Observatório da Indústria da Fiemt, Pedro Máximo. 

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) evidenciam a demanda por mão de obra nas indústrias mato-grossenses. Em setembro, os municípios com saldo negativo – mais desligados do que admitidos – no setor industrial foram Lucas do Rio Verde (-184), São José do Rio Claro (-111) e Aripuanã (-108). Outras cidades que tiveram seus estoques reduzidos estão no interior, notadamente no médio-norte mato-grossense. Grandes centros urbanos apresentaram resultados positivos de contratações, com destaque para Cuiabá (405), Várzea Grande (280) e Rondonópolis (180).

O crescimento econômico anual acima de dois dígitos no período pré -pandemia ainda acentuou a disparidade entre oferta e demanda por mão de obra em Mato Grosso. Situação que persiste no contexto de crise sanitária global, com a sustentação da dinâmica do processo de desenvolvimento do Estado. Conforme observa o reitor do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Júlio César dos Santos, o Estado mantém seu crescimento sustentado pelo agronegócio e atividades atreladas a ele. “Apesar da crise, Mato Grosso passa por um processo de desenvolvimento forte, com a chegada de agroindústrias”. 

Esses novos empreendimentos demandam profissionais, principalmente com formação técnica. “Na indústria, comércio e serviços a demanda por mão de obra técnica é muito maior do que por superior. São serviços muito especializados”, conclui Júlio César.

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