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Comerciante acusado de duplo homicídio no Nortão diz que tem filhos para cuidar mas tribunal mantém prisão

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Só Notícias/Herbert de Souza

Os desembargadores da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negaram o pedido para soltar um comerciante acusado de envolvimento nos homicídios de Gian Pablo Martins Bertolde, 19 anos, e Renato da Silva Sabino, 25. Os dois foram assassinados a tiros, em fevereiro deste ano, na lanchonete do suspeito, em Juara (300 quilômetros de Sinop).

O comerciante está preso desde o dia 2 de março e a Justiça de Juara já havia negado um pedido de soltura. Ao ingressar com o recurso na Segunda Câmara Criminal, o advogado alegou que o suspeito é pai de três filhos menores, dos quais tem a guarda. Segundo ele, após a prisão, os menores foram morar com os avós paternos. No entanto, em abril, o avô (pai do acusado) acabou falecendo vítima da covid-19 e os cuidados ficaram a cargo apenas da mãe do réu, que já tem mais de 70 anos.

Para os desembargadores, os argumentos apresentados não são suficientes para autorizar a revogação da prisão preventiva. “Embora o impetrante entenda ser de rigor a colocação do paciente em regime de custódia domiciliar, porque comprovadamente tem três filhos menores de 18 anos, trazendo à baila as certidões de nascimento não existe nestes autos qualquer documento que comprove que ele tem a guarda definitiva de seus filhos e que os menores estejam aos cuidados de sua genitora. Pelo contrário, na decisão que lhe negou o benefício da prisão domiciliar ficou consignado que as crianças foram entregues à mãe delas”, disse o relator, desembargador Luiz Ferreira da Silva.

Testemunhas contaram que viram o comerciante com um facão ameaçando Gian e Renato. Segundo essa versão, o empresário e um outro homem fizeram as vítimas se ajoelhar e as mataram, em seguida, com dois tiros. Esse segundo suspeito chegou a ficar foragido, mas acabou preso em maio deste ano.

De acordo com a Polícia Civil, Gian Pablo e Renato foram atingidos pelos disparos, sem chance de reação. Segundo as investigações, o crime foi motivado pelo furto de R$ 100 do caixa da lanchonete, que teria sido cometido por uma das vítimas.

Conforme o delegado da cidade, Carlos Henrique Engelmann, o comerciante chegou a gravar uma entrevista na manhã seguinte aos homicídios. Na ocasião, o acusado teria imputado “falsamente a autoria dos crimes a dois motociclistas que não existiam”.

Renato foi sepultado em Juara. Já o corpo de Gian Pablo foi levado para Juína (436 quilômetros de Sinop).

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