sexta-feira, 3/maio/2024
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Juros do cheque especial ficam em 165,6% ao ano

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Agência Brasil

A taxa de juros do cheque especial caiu em janeiro, mas ficou acima do limite estabelecido pelo Banco Central. Os juros chegaram a 165,6% ao ano em janeiro, primeiro mês em que a medida começou a valer, a partir do dia 6. O Banco Central determinou que os bancos não poderão cobrar taxas superiores a 8% ao mês, o equivalente a 151,8% ao ano. Por outro lado, as instituições financeiras foram autorizadas a cobrar a partir de 1º de junho tarifa dos atuais correntistas com limite do cheque especial superior a R$ 500 por mês. A tarifa será equivalente a 0,25% do limite que exceder R$ 500. Há bancos que anunciaram isenção dessa tarifa para os clientes.

Em dezembro, os juros do cheque especial estavam em 247,6% ao ano. Houve, portanto, redução de 82 pontos percentuais de dezembro para janeiro.

O Banco Central ( revisou a metodologia de cálculo dos juros do cheque especial. Agora os bancos devem informar quanto efetivamente foi cobrado de juros, considerando os clientes que têm o benefício de um período de isenção ou redução de juros, geralmente por 10 dias no mês. Para que isso ocorra, a primeira taxa média informada pelos bancos será estimada e no mês seguinte será substituída pela taxa efetiva.

Com a revisão da série histórica de acordo com essa metodologia, a taxa média de juros das concessões do cheque especial a pessoas físicas, em dezembro de 2019, passou de 302,5% ao ano (estatística divulgada em janeiro) para 247,6% ao ano (estatística revisada). Nas concessões a pessoas jurídicas a taxa caiu 331,5% ao ano(estatística divulgada em janeiro) para 310,9% ao no (estatística revisada).

Os juros do rotativo do cartão de crédito caíram em janeiro, passando de 318,8% ao ano, em dezembro, para 316,8% ao ano, no mês passado. Essa taxa é a média formada com base nos dados de consumidores adimplentes e inadimplentes.

No caso do cliente adimplente, que paga pelo menos o valor mínimo da fatura do cartão em dia, a taxa chegou a 290% ao ano em janeiro, aumento de 3,8 pontos percentuais em relação a dezembro. Já a taxa cobrada dos clientes que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura (rotativo não regular) os juros caíram 6,5 pontos percentuais, indo para 333,1% ao ano.

O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida.

Na modalidade de parcelamento das compras pelo cartão de crédito, a taxa chegou a 184,1% ao ano em janeiro, com aumento de 8,3 pontos percentuais.

A taxa de juros do crédito pessoal não consignado subiu para 103,5% ao ano em janeiro, com aumentou de 8,9 pontos percentuais em relação a dezembro. A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) subiu 0,8 ponto percentual, indo para 21,3% ao ano no mês passado.

De acordo com o Banco Central, a taxa média de juros para pessoa física caiu 0,4 ponto percentual em outubro, chegando a 45,6% ao ano. A taxa média das empresas ficou em 17,6% ao ano, aumento de 1,3 ponto percentual.A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas caiu 0,1 ponto percentual chegando a 4,9%. Entre pessoas jurídicas a inadimplência chegou a 2,3% em janeiro, com aumento de 0,2 ponto percentual.

Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes.

No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito) os juros para as pessoas físicas subiram 0,1 ponto percentual para 7,5% ao ano. A taxa cobrada das empresas subiu 1 ponto percentual para 9,3% ao ano.

A inadimplência das pessoas físicas no crédito direcionado subiu 0,2 ponto percentual para 1,9% e a das empresas caiu 0,2 ponto percentual para 2%.

Em janeiro, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos ficou em R$ 3,462 trilhões, com queda de 0,4% em relação a dezembro e aumento de 7% em 12 meses.

Esse saldo do crédito correspondeu a 47,5% de tudo o que o país produz – o Produto Interno Bruto (PIB) – queda de 0,5 ponto percentual em relação a dezembro.

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