sábado, 4/maio/2024
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Turistas de Mato Grosso estão há quatro dias “presos” em protestos na Bolívia

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A Gazeta (foto: Marcos Lopes/arquivo)

Mato-grossenses tentam sair de Uyuni, na Bolívia, há quatro dias e são impedidos por manifestantes que protestam contra o governo local. Brasileiros reclamam que não há apoio por parte da Embaixada Brasileira, enquanto o Itamaraty alega estar atuando para auxiliar os turistas dentro das possibilidades que a situação oferece.

Um rapaz, que preferiu não se identificar, conta que chegou à cidade na terça-feira (11). O local é uma das principais portas de entrada para o Salar de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo. O passeio pelo local seria na quarta-feira (12), pela manhã, mas não foi realizado. “Conseguimos um hostel. Os lugares que encontramos para comer são abertos de forma clandestina porque há retaliação”, relata.

Porém, de acordo com o rapaz, outras pessoas não tiveram a mesma sorte e acabaram dormindo na rua e estão com dificuldade para comer. O clima no local é muito frio e, nessa semana, os termômetros chegaram a registrar -4ºC em uma madrugada.

O jovem diz ainda que algumas agências turísticas tentaram solucionar o problema. Houve uma tentativa de retirada dos turistas da região, sob o pagamento de 200 pesos bolivianos por pessoa. Entretanto, isso não era a garantia para a saída.

Os turistas procuraram auxílio da Embaixada Brasileira, mas as informações são desencontradas. Ora dizem que conseguirão ajuda, em outro momento a informação não se confirma. Essa incerteza é o que causa o desespero.

Um grupo formado por 6 brasileiros tentou uma nova saída na tarde de ontem, em um carro. Foram barrados no primeiro bloqueio. Passaram por essa barreira, mas foram parados novamente, 800 metros depois. “Não nos deixaram passar, pegaram até a gasolina reserva que tinha no carro”, disse uma outra turista que também preferiu o anonimato.

Os motivos para impedir a saída, não só dos brasileiros mas como de turistas de diversos outros locais que estão na região, não são devidamente explicados. “Não nos informam direito”, diz a mulher.

O bloqueio em Uyuni começou no dia 3 de setembro como forma de pedir a renúncia do governo boliviano. Até esta sexta-feira (13), 6 dos 7 representantes já haviam renunciado.

O Itamaraty, em Brasília, responsável pelas relações exteriores, informou, por meio de nota, que o setor consular da Embaixada do Brasil em La Paz tem mantido, desde o dia 12 de setembro, contato com os turistas. Tem-se conhecimento de 7 cidadãos brasileiros naquela cidade, em dois grupos, e de outro que estaria realizando tour no Salar.

A Embaixada tem realizado gestões junto a órgãos locais sobre a situação dos brasileiros em estreita coordenação com representações consulares de outros países, na Bolívia, cujos nacionais, também foram afetados pelas manifestações. Referidas gestões têm-se concentrado na busca por soluções que permitam aos turistas deixar Uyuni o quanto antes, destacou no posicionamento.

“A atuação do setor consular da Embaixada, assim como das repartições dos demais países, tem-se visto limitada pela reduzida capacidade das autoridades bolivianas em controlar os excessos dos manifestantes contra cidadãos estrangeiros”, argumentou. Por fim, o Itamaraty recomendou aos brasileiros evitar viagens ao salar do Uyuni.

A embaixada não se manifestou sobre o assunto.

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