A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja) lançou, esta manhã, durante a abertura da segunda edição da feira tecnológica Norte Show, no parque de exposições da Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso (Acrinorte) o movimento “Movimento Mato Grosso Forte – Quem paga imposto cobra resultado”. Nos próximos dias produtores serão mobilizados para debater o imposto e no dia 15 do próximo mês terá um manifesto em frente ao Palácio Paiaguás, em Cuiabá. Segundo a Aprosoja, o Fethab sobre o milho é 3% do valor da UPF por tonelada transportada, o que hoje equivale a R$ 4,16. Caso o produto tenha como destino o mercado externo, a alíquota dobra, passando para 6% (R$ 8,32) por tonelada. O coordenador da ação e vice-presidente da Aprosoja, Fernando Cadore disse, em entrevista, ao Só Notícias, que o objetivo é extinguir a cobrança do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) sobre o milho.

Para o presidente da Aprosoja, Antônio Galvan, a produção de milho em Mato Grosso praticamente não dá rentabilidade para o produtor. “Então não tem lógica cobrar mais imposto. É uma aberração o que estão fazendo. Nós estávamos investido em um produto tirando pequena parte para colocar na ferrovia, mas infelizmente o governador (Mauro Mendes) copiou nossa ideia e transformou isso em importo. Essa é a grande revolta do produtor rural. Queremos a retirada imediata”.

Na última safra a produtividade média dos milharais ficou em 99,6 sacas por hectare, por exemplo. Caso a cobrança do Fethab já fosse feita naquela época, o custo da “contribuição” seria de R$ 49,80 por hectare. Numa comparação simples, este valor representa metade do que geralmente é gasto com a compra de inseticidas para proteger a lavoura do ataque de pragas.


