
Gustavo também considera que a eleição para o governador do Estado (Mauro Mendes) em primeiro turno foi determinante para esse resultado, seguida da sinalização clara de que o país teria uma nova agenda econômica. “O resultado eleitoral para a presidência e o próprio amparo que o congresso nacional, com um alto grau de renovação, indicou dar ao novo presidente em cima dessa agenda, fez com que esse otimismo se refletisse primeiro nos mercados, o que pudemos ver mediante a movimentação da bolsa de valores e da revalorização do real frente ao dólar e ao euro. Com isso se criou todo um clima de retomada de investimentos”. Ele acrescenta que há “segmentos, como o da construção, que ainda enfrentam um mercado bastante retraído. Isso é compreensível, uma vez que investimentos no setor imobiliário são de médio e longo prazo, não são decisões de consumo instantâneas. O mesmo ocorre na construção pesada, com a queda na capacidade de investimento dos governos federal e estaduais, que gera incerteza para o setor.” “As perspectivas são muito melhores para os próximos meses”, finaliza.
O índice estadual de confiança dos empresários saltou 8,3 pontos de outubro para novembro – e 6,6 quando comparado com novembro do ano passado. O menor índice para o mês foi observado em 2015, quando chegou a 37,7 pontos, justamente no período em que a economia do país enfrentava o ápice da crise. Em 2016, o resultado foi melhor e iniciou uma curva ascendente, ainda que só fosse ultrapassar os 50 pontos em 2017. O acúmulo do crescimento de 2015 a 2018 foi de 24,2 pontos, informa a assessoria da Fiemt.
Na construção civil, embora o resultado ainda esteja abaixo do alcançado pelos segmentos extrativo e de transformação, o crescimento do índice foi de 10 pontos de outubro para novembro, chegando aos 55,5 pontos. Já as empresas do setor extrativo e de transformação, saltaram de 55,2 pontos em outubro para 63,3 pontos em novembro, superando o resultado de fevereiro de 2018, que até então era o maior apresentado.
Em relação ao porte empresarial, as grandes e médias empresas apresentaram um crescimento de 9,4 pontos de outubro para novembro, alcançando 63,7 pontos no índice. Entre as pequenas empresas, o aumento de 9,5 pontos em relação a outubro do ano passado garantiu o melhor resultado da série, 57,6 pontos.


