Com o início do período de estiagem, os militares do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e do grupo de aviação do Corpo de Bombeiros, passaram por um treinamento, ontem à tarde, para combate a incêndios florestais. Primeiro, tiveram instruções teóricas e, em seguida, houve a prática de combate aéreo com o uso do helicóptero. O comandante do Ciopaer, Flávio Ramalho, explicou que o treinamento é uma espécie de reciclagem. "Como o período de queimadas em Mato Grosso dura cerca de quatro meses, entre julho e novembro, passamos muito tempo sem fazer o treinamento de combate. Então trouxemos todos os profissionais de Cuiabá e Sorriso para fazer a reciclagem, ter novo contato com o equipamento e atualizar seus conhecimentos."
Os equipamentos são conferidos antes da decolagem. Com o helicóptero pronto, os militares sobrevoam uma área alagada, diminuem a altitude até que o bolsão pendurado, conhecido bambi bucket, é enchido com 3 mil litros de água. Depois, o helicóptero sobe e derrama a água na área onde tem fogo. Enquanto isso, outra equipe que atua em solo também faz o combate aos focos.
O comandante explica que existe prioridade de atendimentos e que, as áreas privadas (fazendas e outras) só receberão apoio aéreo em último caso. "O combate a incêndio florestal prioriza os parques nacionais e tendo a possibilidade vai atender também as áreas privadas. O contato é sempre feito via 193 e primeiro quem faz é a comunidade no local, como os funcionários da fazenda. No segundo momento, tem os profissionais do Corpo de Bombeiros e, se não houver controle, a aviação é acionada. É necessário que o local sempre tenha uma estrutura mínima de abastecimento de água para as aeronaves. Caso precisamos usar o avião, tem que ter uma pista de mil metros de comprimento por 30 de largura e se tiver o querosene de aviação é importante, "concluiu.
