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Cultivo de banana da terra garante lucro e renda a agricultor em Mato Grosso

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O agricultor familiar Camilo Lemes de Souza cultiva a banana Farta Velhaco, mais conhecida como banana da terra, há três anos, no sítio Ribeirão do Costa, município de Chapada dos Guimarães (67 km ao Centro-Sul de Cuiabá). Com uma produção semanal de 600 quilos de banana, numa área de sete hectares, o produtor já começou a diversificar o plantio com a inserção de bananas nanicão e maçã. A produção anual da fruta em 2016 foi de aproximadamente 30 toneladas, que foram comercializadas em Chapada e em Cuiabá.

Proprietário de uma área de 97 hectares, o produtor cultiva também mandioca e milho verde. Para a expansão da produção de banana, ele recorreu ao crédito rural do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) – Mais Alimentos, no valor de R$ 35 mil para investimento e custeio. Camilo de Souza implantou o sistema de irrigação que garante a produção de banana o ano todo, porém a técnica é mais utilizada no verão. “Esse ano não estamos utilizando quase nada, devido às chuvas”, explica.

Satisfeito com a produção do bananal, que rende aproximadamente R$ 1.500 unidades por semana, ele comercializa cada caixa de banana da terra ao valor de R$ 50. O produtor está realizando teste com outras variedades, por meio do plantio de 200 mudas de nanicão e 200 mudas de maçã original. Ele ressalta que a banana da terra é mais resistente que as outras variedades, que são bem sensíveis no trato cultural, manejo e na maturação. “Toda produção é comercializada, gostaria de ter o dobro da área. Devido a grande procura do mercado estou investindo também nessas outras variedades e vou aprender muito sobre o cultivo”, enfatiza.

O técnico agropecuário da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Antônio Claret dos Santos, responsável pelo projeto de crédito e assistência, destaca que interessados em investir na cultura da banana devem tomar cuidados com a aquisição das mudas, devido às pragas e doenças como a sigatoka negra, mal do Panamá e broca. No sítio Ribeirão do Costa, a maioria das mudas são oriundas da cidade Cruz das Almas, no estado da Bahia.

De acordo com Claret, o laboratório da Empaer já recolheu 500 mudas no sítio, que foram encaminhadas para testes e multiplicação para conferir o vigor, a qualidade, a sanidade das mudas e outras. O coordenador do laboratório de cultura de tecido vegetal, Marcílio Bobroff Santaella, explica que as mudas são produzidas in vitro, ou seja, são isentas de pragas e doenças como a sigatoka negra e ao mal do Panamá.

Multiplicação

Conforme Bobroff, os métodos de propagação e produção de mudas in vitro vêm sendo desenvolvidos e aperfeiçoados para elevar a taxa de multiplicação em curto espaço de tempo e melhorar a qualidade das mudas. O processo de micropropagação é realizado em fases: a primeira é a escolha da planta matriz, desinfestação do material, estabelecimento, multiplicação, enraizamento e aclimatização das mudas. Durante sete meses, as mudas permanecem com controle de luminosidade e temperatura.

Após a multiplicação e desenvolvimento da planta no laboratório, as mudas vão para a casa de vegetação e, em seguida, para o plantio no campo. Para conferir o comportamento da espécie, foram implantados experimentos no Centro Regional de Pesquisa e Transferência de Tecnologia (CRPTT) da Empaer, no município de Cáceres (225 km a Oeste da Capital). O objetivo é mostrar as unidades com mudas de bananeiras para produtores rurais, alunos e interessados no cultivo da cultura. “Com a micropropagação, será possível obter mudas de qualidade”, conclui.

Fonte: Só Notícias/Agronotícias

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