
A procuradora da República Vanessa Zago, informou que aguardará a resposta por escrito do governador com o posicionamento final, e assim, que o receber, encaminhará a resposta para as instituições participantes.
A superintendente da Controladoria Geral da União, Karina Jacoby Moraes, ressaltou que houve três reuniões e que mais uma desgastaria todo o processo. “Poderíamos resolver tudo isso por meio de um documento por parte do governador, não havendo a necessidade de uma nova reunião”, ressaltou. Para o vice-reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Evandro Aparecido Soares da Silva, é preciso que o Estado se posicione no documento quanto à importância da construção da obra, a fim de que seja possível dar continuidade nas negociações. “Precisamos saber se o Estado vai realizar a contrapartida, para que possamos averiguar se daremos andamento à obra desta forma”, afirmou, através da assessoria.
Diante do questionamento da secretaria das Cidades sobre a insuficiência dos valores disponibilizados pela União e os valores a serem disponibilizados pelo Estado de Mato Grosso para a conclusão da obra, representantes da UFMT informaram que é possível realizar a readequação da mesma e dos projetos. Mas, para a superintendente da CGU, para que isso aconteça é necessário que o Estado informe se fará contrapartida ou não.
Mês passado, a procuradoria recomendou ao governo revisão do projeto atual com base nos apontamentos realizados pelo Tribunal de Contas da União e pela CGU, para subsidiar a tomada de decisão sobre a nova contratação, identificando, inclusive, a necessidade de refazimento ou correção de serviços realizados. O projeto atual não possui projetos de Drenagem Profunda, de construção do poço e do tratamento para abastecimento de água, de Estação de Tratamento de Esgoto, de manejo de resíduos sólidos, de impermeabilização, entre outros.
Para a procuradora, o abandono das construções poderá acarretar diversos prejuízos, entre eles, a perda do investimento de R$ 12 milhões em uma obra que está inacabada; a existência de um prédio, por parte da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) que não está sendo utilizado. “Foi duplicado o número de vagas para o curso de Medicina na UFMT justamente para o uso deste hospital e desse prédio”, enfatizou Vanessa. Ela lembrou também que embora a União tenha depositado o dinheiro da sua cota-parte, o Estado de Mato Grosso não o fez. “E o último, mas não menos importante é prejuízo causado à sociedade, que deixa de ter uma implementação de 200% na quantidade de UTI pediátrica, neonatal e adulto, 250 leitos e o primeiro hospital de grande complexidade do estado de Mato Grosso”, ressaltou, na reunião passada, em fevereiro.
A informação é da assessoria do MPF.


