
Ele responderá, conforme decisão de pronúncia da juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, por duplo homicídio qualificado e tentativa de assassinato. A sessão está previsão para começar às 8h30.
Conforme Só Notícias já informou, o suspeito foi preso, logo após os homicídios, no parque florestal. O réu permaneceu detido por mais de um ano. No entanto, em março de 2011, conseguiu o direito de aguardar ao julgamento em liberdade, em razão de problemas graves de saúde.
Em setembro do ano passado, Rosângela adiou, pela quarta vez, o júri popular do acusado. O cancelamento se deu em razão das ausências do advogado e do próprio réu. Diante da situação, o Ministério Público requereu a prisão preventiva do acusado, alegando “descumprimento da condições impostas quando da concessão da liberdade, qual seja: o comparecimento em todos os atos do processo”.
O pedido foi aceito pela magistrada e o suspeito foi preso. Ele chegou a ficar detido no setor de Carceragem Temporário (Secat) da delegacia de Polícia Civil de Capanema, no Paraná. Ao ingressar com o pedido de revogação da prisão preventiva, no final do ano passado, a defesa alegou, mais uma vez, que o réu sofre de graves problemas de saúde e que o sistema prisional não oferecia o tratamento de forma eficaz. Rosângela, então, autorizou a conversão em prisão domiciliar.
Em dezembro, em nova decisão, a magistrada deu ao réu o direito de aguardar o julgamento em liberdade. Ela justificou que a prisão somente havia sido decretada em razão do suspeito não comparecer ao júri. “Contudo, após o cumprimento do mandado de prisão expedido em favor do réu, este passou a demonstrar que está disposto a apresentar-se na sessão de julgamento, bem como comprovou residência fixa, de modo que poderá ser localizado sempre que necessário”.
Entre as determinações que ela impôs ao acusado estão a proibição de se ausentar da comarca onde reside, apresentar comprovante de endereço em cinco dias, não mudar de endereço sem autorização da Justiça e comparecer à sessão de julgamento.
Conforme Só Notícias já informou, Rosângela Zacarkim, marcou, em dezembro de 2015, o júri para junho de 2016. Em maio do ano seguinte, no entanto, a sessão foi remarcada para outubro. Naquele mês, a sessão foi novamente designada para março de 2017, quando foi alterada para setembro.
A denúncia do Ministério Público Estadual aponta que Valdirene e o marido Jocimar estavam hospedados na casa do suspeito. No dia do crime, “todos levantaram muito cedo e se preparavam para os afazeres domésticos”, quando foram surpreendidos pelo acusado, que, “de inopino, armado com uma faca e um facão, passou a desferir golpes contra todos”.
Segundo a denúncia, o réu só parou de agredir as vítimas “quando todas estavam caídas ao chão”. Jocimar e Valdirene foram sepultados em Guarantã do Norte. A outra vítima sobreviveu. Ao ser preso, o homem alegou que cometeu os crimes baseado na desconfiança de que as vítimas Jocimar e Valdirene pretendiam “tirar algum proveito econômico dele”, por meio de sua mulher.


