A Pastoral da Juventude enviou, para os acadêmicos da Universidade Federal de Mato Grosso, carta aberta em apoio para que se “mantenham firmes em defesa da manutenção do restaurante universitário acessível a todos”. Dezenas de universitários já protestaram contra a mudança na política de alimentação, também em Sinop. O documento foi redigido pelo bispo dom Juventino Kestering, padre Wender Souza dos Santos e a coordenadora regional Susany Pereira. “A pastoral se solidariza com esse momento impar de resistência pela permanência de valores acessíveis aos quais atendem as necessidades dos alunos que dependem do restaurante, já que muitos se deslocam de outros Estados e lugares distantes de Mato Grosso e não possuem renda suficiente cobrir custos maiores”, diz trecho.
“A luta pela preservação do atual valor, garantindo acesso à alimentação a todos os acadêmicos da UFMT vai de encontroa ao principio cristão de defender a vida com dignidade”, acrescenta a pastoral.
Atualmente, todos os estudantes do campus de Sinop pagam R$ 0,25 pelo café da manhã, R$ 1 pelo almoço e mais R$ 1 pela janta. Desta forma, o custo mensal com três alimentações diárias chega a R$ 50 por aluno. Com a proposta apresentada pela universidade, estudantes contemplados pela assistência estudantil estarão isentos. Cerca de 3 mil devem se enquadrar nesta situação em todo o Estado (não há números oficiais sobre Sinop). Já os demais, passarão a pagar R$ 2,35 pelo café da manhã, R$ 9,48 pelo almoço e R$ 9,48 pela janta. Neste cenário, o custo da alimentação chegará a R$ 473,52 por mês.
Recentemente, o assunto foi tratado, em audiência pública em Sinop, com pró-reitores da UFMT e os acadêmicos manifestaram contrariedade a decisão de aumentar os valores cobrados.
