Os dois acusados de terem assassinado, a golpes de faca e martelo, Silvia Bertolazi, 40 anos e sua filha, Renata, de 12 anos, em fevereiro, no Jardim Botânico, prestaram, hoje de manhã, o primeiro depoimento ao magistrado João Manoel Guerra, no fórum. Ambos negaram novamente terem cometidos os crimes.
Simone depôs primeiro e mudou a versão dada, anteriormente, na delegacia, onde acusou seu amásio de ser o assassino. Hoje, afirmou que “não fomos nós que cometemos o crime” e que tinha acusado Nivaldo porque ficou sabendo que ele havia dito a polícia que ela tinha matado as duas.
Ao depor hoje, Nivaldo também negou a autoria do crime, embora uma testemunha apontada pela polícia indica que ambos foram vistos saindo da casa de Silvia Bertolazi, no dia do crime. “Vamos esperar o exame de dna sair e a verdade vai sair. Daquela vez [durante depoimento a polícia] nós estávamos muito pressionados e falamos coisas que não devíamos. Não foi a mesma versão. Nem eu e ela fizemos aquilo [o crime]. Até hoje nunca relei a mão em ninguém e o que fizeram foi uma covardia. Eu não imagino quem tenha feito isso. Não posso confirmar isso, e só a justiça fará. Um fez aquilo, mas não sei quem foi”, disse o acusado, ao Só Notícias.
Ainda conforme Nivaldo, ele e Simone teriam chegado na residência e mãe e filha estariam mortas. “Nós estávamos na rua. Saímos cedo de casa e chegamos quase meio dia e tudo já tinha acontecido. Tínhamos saído de manhã. Tem que sair um jeito de ser explicado isso, e não é nós. Deve ter sido outra pessoa e não posso falar quem foi sem ter visto”, destacou.
A partir de agora, segundo o promotor Marcos Bulhões, o Ministério Público deve ouvir as testemunhas. “Eles negam a autoria e agora teremos que ouvir as testemunhas de defesa bem como acusação”, disse, ao Só Notícias.
Devem ser convocadas primeiramente as testemunhas de acusação e, posteriormente, as defesa. Ainda deve ser confirmada a data para nova audiência.