sexta-feira, 20/junho/2025
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Sinop: greve na polícia “trava” cerca de 2 mil procedimentos

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A greve dos investigadores e escrivães da Polícia Judiciária Civil tem prolongado, ainda mais, a conclusão de diferentes procedimentos e inquéritos que estão nas delegacias mato-grossenses. É o caso de Sinop onde, atualmente, mais de 2 mil processos estão em andamento, segundo o delegado Joacir Batista dos Reis, coordenador da delegacia municipal.

“Todos os procedimentos que não envolvem réu preso ficam prejudicados, todas as investigações, casos de homicídios, roubos, tráficos, permanecem parados. Isso gera um prejuízo muito grande”, explicou ao Só Notícias, referindo-se no atraso das investigações, prisões e conclusões de inquéritos. Com a paralisação, os prazos previstos não são cumpridos. “É dado continuidade apenas os que envolvem réu preso”, reforçou.

Mesmo voltando aos trabalhos, devido a decisão judicial que constatou ilegalidade na greve por melhores salários, Joacir destaca que não há recuperação do período paralisado. “Não vai ser recuperado, mesmo porque o número de serviço é alto e a quantidade de funcionários é pequena”, destacou. Na delegacia sinopense são cerca de 37 servidores, incluindo os delegados (3), escrivães (3) e investigadores (31).

Dos 31 investigadores, pelo menos nove estão atuando como escrivães. Na equipe de plantão policial, são 8 investigadores. Os demais formam equipes de trabalho, no entanto, há os casos de policiais afastados para tratamento de saúde ou férias. Há, também, a promessa de novos servidores para tentar “aliviar” a carga de trabalho. “Segundo o governador, durante o governo itinerante, tem a promessa encaminhar novos escrivães e investigadores”, disse, porém, não há confirmação do número ou de quando devem ser designados.

A greve dos policiais foi iniciada em 1º de julho. Na última quarta-feira (13), foi paralisada para negociações e, o movimento acabou retomado terça (19). A categoria considerou “indecente” a proposta salarial apresentada pelo governo do Estado, que previa salário de R$ 2.460 a partir de dezembro deste ano, para iniciantes, chegando, em maio de 2014, a R$ 3.274.49. Atualmente, o salário aplicado é de R$ 2,3 mil para início de carreira.

Sem acordos, a decisão foi unânime e apenas 30% do efetivo mantido, como previsto em lei. Nesta quinta-feira, a Justiça Estadual considerou ilegal a greve da categoria e, estipulou multa diária de R$ 20 mil ao sindicato da categoria caso não retomem as atividades.

Mato Grosso, segundo dados do sindicato, conta com cerca de 2,1 mil investigadores.

 

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