A Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHHP) localizou, ontem à tarde, o veículo de Simone da Luz Feitosa, 37 anos, que foi assassinada junto com a filha Aline Feitosa Souza, 16 anos. Os corpos das duas foram encontrados carbonizados, no dia 29 do mês passado, no bairro Nova Fronteira, em Várzea Grande.
O GM Celta prata estava escondido em uma residência, no bairro Pedra 90. O automóvel foi deixado na residência pelo principal do suspeito de matar mãe e filha, um homem de 43. O carro será submetido à perícia. A dona da casa foi ouvida e informou que o acusado deixou o carro no local no dia 28 de setembro, por volta das 11h. "Ele mentiu para ela dizendo que um amigo estaria se separando da esposa e tinha a intenção de esconder o carro por conta da separação de bens. Há mais de um mês tinha ligado contando essa história, ou seja, se ligou há mais de um mês dizendo isso, ele premeditou. Então, há mais um mês ele tinha intenção de matar Simone", concluiu o delegado da DHPP, Geraldo Gezoni Filho.
O suspeito foi namorado de Simone e mesmo depois do término do relacionamento ainda mantinha contato telefônico com vítima. Ele é dono de uma eletrônica, no bairro Jardim Imperial, em Várzea Grande, e foi preso última sexta-feira, em cumprimento de mandado de prisão temporária (30 dias) ao comparecer na DHPP para prestar declarações em outra investigação de homicídio.
A prisão foi requisitada pelo delegado, em razão das investigações o apontarem na região onde os corpos das vítimas foram encontrados. Em interrogatório, ele negou que tenha matado a ex-namorada e a filha.
Simone morava com a filha, em Poconé (104 quilômetros da capital), e, na manhã do dia 28, as duas saíram com o veículo, acompanhadas de uma irmã, com destino a Cuiabá. Chegando a capital, as duas irmãs se separaram para resolverem assuntos pessoais, ficando Aline com a mãe no automóvel. Elas marcaram um ponto e horário de encontro para retornarem a Poconé. Entretanto, Simone e Aline não apareceram no local combinado e nem retornaram mais a cidade de Poconé, sendo consideradas desaparecidas, até os corpos serem encontrados carbonizados em meio a pneus.
Segundo as investigações, o suspeito teria utilizado o próprio carro, um Peugeot azul, para transportar dos corpos até o local. O veículo foi visto rondado nas proximidades. O carro está apreendido e também será submetido a perícia. "Estamos aguardando o resultado da perícia que irá apontar como as duas foram mortas. No crâneo encontrado havia rachaduras. Isso indica uso de instrumento contundente", disse Geraldo Gezoni.
O delegado também requisitou quebra de sigilo telefônico dos celulares de mãe e filha e nas linhas que estão cadastradas em nome do acusado.


