A adolescente de 17 anos, mãe do bebê de 3 meses que teve agulhas inseridas na cabeça em um suposto ritual religioso, em São Pedro da Cipa (região sul), foi apreendida em cumprimento a uma ordem judicial. Ela responderá por ato infracional análogo a tentativa de homicídio. O mandado foi cumprido por policiais civis de Jaciara, responsável pela região, ontem.
O caso chocou pela crueldade contra a menina, que continua internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Rondonópolis. A criança teve agulhas de metal transpassadas na região da cabeça e tórax no suposto ritual religioso.
A menor já tinha sido apreendida, mas foi liberada e estava aos cuidados do Conselho Tutelar. Com a detenção dela, cinco pessoas serão responsabilizadas criminalmente. Já foram presos o pai da criança, 28 anos, suspeito de aceitar receber o valor de R$ 250 para submeter a filha ao ritual conduzido por uma mulher de 42 anos, a filha dela e o genro.
De acordo com a Polícia Civil, o caso teria ocorrido no último domingo e a polícia foi acionada por equipe médica do hospital de Jaciara, um dia depois, por suspeita de maus-tratos contra o bebê que deu entrada chorando muito e com hematomas no couro cabeludo.
Durante as investigações conduzidas pelo delegado Marcelo Melo de Laet, descobriu-se que a criança havia participado de um ritual conduzido pela mulher de 42 anos em que teria ficado no centro de um círculo, enquanto as agulhas eram inseridas em sua cabeça. O crime teria consentimento da mãe adolescente e do pai, que receberiam a quantia em dinheiro.
