quarta-feira, 8/maio/2024
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Mato Grosso ‘confronta’ INPE e diz que reduziu desmatamentos em 14% em um ano

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Mato Grosso reduziu o desmatamento em 14% no período de agosto de 2007 a abril de 2008 em relação ao mesmo período do ano anterior. Este é o dado objetivo apresentado nesta terça-feira (3.06) pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) que leva em conta o corte raso. Foram 1.952 quilômetros quadrados deste ano contra 2.268 do ano passado. As imagens de satélite mostraram que o desmatamento no mês de abril ficou em 99 quilômetros quadrados, sendo que 77% deste total foi apontado como ilegal. Os dados do SAD são divulgados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia e pelo Instituto Centro de Vida.

O secretário adjunto de Meio Ambiente, Salatiel Araújo, destacou o trabalho do SAD pela sua análise técnica. “Nós consideramos os dados do Sad informações muito mais precisas que as do Inpe, porque o Inpe não qualifica a informação. Ele não diz se o desmatamento está acontecendo em unidade de conservação, em terra indígena, se é em área já cadastradas dentro do sistema geo-referenciamento da Sema”.

Os dados divulgados pelo SAD separam o corte raso da degradação progressiva, que é incluída nos dados do Inpe. Este seria o motivo, explica o secretário para a diferença dos números apresentados entre as instituições. Para o Estado é importante saber onde acontece a degradação ambiental, já que ela pode ser recuperada em 50, 70 anos, sendo que o corte raso, que é a maior preocupação do Governo, é necessário cerca de 300 anos para regeneração.

Sobre o controle do Estado, o SAD aponta que não houve nenhum desmatamento em Áreas Protegidas neste mês de abril, e que 86% do desmatamento aconteceu em áreas privadas e os outros 14% em assentamentos da reforma agrária. Os três municípios críticos apontados pela instituição foram Feliz Natal, com um desmatamento de 27 quilômetros quadrados, Intanhagá (13 Km²) e Tabaporã (9 Km²).

“O Governo do Estado espera a divulgação dos dados do Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes), que é o sistema oficial utilizado para computar anualmente a taxa de desmatamento do país”, explica Salatiel. Ele acredita que estes dados serão analisados calmamente, e são estes os dados que servem como estatística do desmatamento.

Neste sentido, o Inpe deixa claro que o Deter foi concebido em 2004 como um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento, não servindo como estatística ou dado confiável. São mapeadas tanto áreas de corte raso quanto áreas em processo de desmatamento por degradação florestal. É possível detectar apenas polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares por conta da resolução dos sensores espaciais (o Deter utiliza dados do sensor MODIS do satélite Terra/Aqua e do sensor WFI do satélite sino-brasileiro CBERS, com resolução espacial de 250 metros).

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