O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) questiona hoje à tarde, na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Cuiabá, três representantes da direção nacional, sobre o resultado das negociações feitas durante as jornadas de lutas do movimento. “A visita deles é resultado da nossa ação. Suspendemos os trancamentos das rodovias, para negociar com esses representantes do Incra nacional, que têm poderes de decisão. Queremos saber deles por que tudo que o Incra promete não cumpre”, declarou Itelvina Masioli, da coordenação do MST em Mato Grosso.
Na semana passada, acampados bloquearam a BR-163, entre Sinop e Itaúba. O protesto foi suspenso na sexta-feira, mas as famílias alegam que, caso não tenham respostas hoje, podem retomar o protesto.
Também inicia amanhã, a Marcha por Reforma Agrária, Justiça Social e Soberania Popular. Trabalhadores de vários municípios vão integrar a mobilização. Eles sairão de Nova Marilândia e seguirão até Diamantino (80 Km).
A principal reivindicação é o assentamento de duas mil famílias que estão acampadas; crédito, infra-estrutura básica (água potável, estrada, postos de saúde, e barracões comunitários, espaços de lazer, esporte e cultura) e assistência técnica para 3.950 famílias assentadas.