O procurador geral do município, Efraim Alves, confirmou ontem que o prefeitura de Rondonópolis vai descontar os dias que os servidores contratados não comparecerem ao local de trabalho durante esse período de greve dos servidores. O procurador antecipou que hoje deve fazer um levantamento nas unidades de trabalho para identificar os faltosos. “Estou apenas pedindo para que se cumpra o contrato de trabalho deles e mais nada”, justificou o procurador.
O advogado disse que deve protocolar, hoje, na Justiça, um pedido para que o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur) cumpra a decisão judicial que determina para que 60% dos servidores das creches voltem ao trabalho e 70% dos servidores da Farmácia de Manipulação também voltem ao trabalho.
O presidente do Sispmur, Rubens Paulo, repassou ontem que o prefeito tem agido de forma ditatorial com a categoria, principalmente o procurador. “No começo da greve, ele ameaçou a exonerar todos os contratados e agora continua agindo dessa forma”, salientou. Na avaliação de Rubens Paulo, o corte de ponto atropela o direito à greve da categoria. “Eles [administração] agem como lobo em pele de cordeiro, mostram um lado mas agem de outra forma”.
O sindicalista entende que o corte de ponto abre um precedente até mesmo para outras paralisações. “Eles [prefeitura] agindo dessa forma desobrigam até a reposição de aula, até mesmo nas greves futuras”, concluiu Rubens Paulo.