domingo, 6/julho/2025
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Rio Paraguai avança e ameaça BR em Cáceres

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Técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) comprovaram, nesta semana, o que alguns estudos já haviam indicado no ano passado: as águas do Rio Paraguai, no trecho entre a ponte Marechal Rondon e o entroncamento da BR-070 que liga Cáceres a Bolívia, podem alcançar e romper a rodovia, nos próximos anos, caso não seja executado, imediatamente, um amplo trabalho de engenharia para conter a erosão, provocado pela força da água, na barranca do rio. A constatação foi feita por engenheiros que, vistoriaram o local por água e por terra. Fotografias tiradas pela equipe mostram caminhões passando pela BR a uma distância de pouco mais de 10 metros da barranca.

A situação é considerada preocupante. A rodovia é de importante acesso terrestre dos estados da Amazônia ao centro do país. De posse das imagens, eles recomendaram um estudo hidrodinâmico para constatação sobre como se comporta as correntes de água e a sedimentologia do rio. Estudo que poderá indicar a melhor forma a ser executada para solução do problema. "Embora a situação seja preocupante, qualquer diagnóstico, neste momento, será precipitado. Somente através de um estudo hidrodinâmico poderemos ter uma noção de como conter o processo erosivo", argumentou o engenheiro Flávio Acatauassú.

Diante da falta de maior conhecimento sobre a causa da erosão, os técnicos preferem não arriscar que medidas possam ser tomadas. Porém, não descartam a realização de uma ampla dragagem ou até mesmo a implantação de estrutura de engenharia usadas em países europeus como as""guias correntes" ou "mole" -técnica que consiste em conter os recuos das margens. A preocupação se justifica. Os técnicos informaram que, o estudo hidrodinâmico é realizado em um ano, quando o rio completa o ciclo da água. Só após a realização desse estudo é que poderão ser tomadas algumas providências.

Enquanto isso, pesquisas de vários técnicos, entre eles o doutorando Aguinaldo Silva, da UNESP, da doutora Célia Alves de Souza, do mestre Alex Jorge da Silva e Davi Rezende de Freitas, da Unemat e do engenheiro Adilson Reis, da UFMT, indicam que a erosão provoca um recuo das barrancas entre três e cinco metros, anualmente. Ou seja: caso não sejam tomadas medidas imediatas para conter o processo erosivo, em menos de cinco anos, o rio pode alcançar e romper a rodovia.

A vistoria dos técnicos ao rio Paraguai, foi viabilizada pelo prefeito Túlio Fontes, que na semana passada, em reunião com o diretor do DNIT Luiz Antonio Pagot, cobrou uma solução imediata para o problema.

 

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