Peixoto de Azevedo, desde o último mês de dezembro, está sendo castigado pelo período chuvoso. Várias comunidades rurais, localizadas em 11 assentamentos, estão ilhadas e mais de 10 mil pessoas, estão sem contato com a cidade, devido à interrupção das pontes e bueiros, que foram danificados pela força das águas. Os pequenos produtores rurais, numa parte do Assentamento Antonio Soares, estão isolados e os maquinários, não conseguem chegar até o local, devido o grande volume das águas.
O prefeito Sinvaldo Brito (PP) assinou ontem o decreto de situação de emergência. "Não vislumbramos outra alternativa", disse.
Cerca de 23 pontes já foram destruídas e a prefeitura montou 3 equipes de emergência para recuperar as estruturas, onde as comunidades foram mais penalizadas e que estão ilhadas. A secretaria municipal de Agricultura já está fazendo o levantamento dos prejuízos provocados pelas chuvas na zona rural. Segundo o secretário Valdecir Noronha, cerca de 18 mil litros de leite estão sendo jogados fora todos os dias. "Esse é prejuízo de aproximadamente R$ 10 mil reais, que sai do bolso do colono todos os dias" declarou Noronha.
O prefeito Sinvaldo Brito irá na próxima semana para Cuiabá, onde reunirá com o governador Blairo Maggi (PR) para relatar a situação que vivencia o município. Até agora, o governo assinalou somente com o envio de uma patrulha composta por pá-carregadeira, retro-escavadeira e 3 caminhões basculantes. "Vamos buscar mais apoio do governo. O nosso município não consegue arcar com todas as despesas sozinho", declarou Sinvaldo Brito.
O secretário municipal de Educação João Paulo Souza, estima que cerca de 2,2 mil alunos poderão ficar fora da sala de aula, caso as chuvas intensifiquem no município. "Estamos temerosos que esses alunos sejam prejudicados no inicio do ano letivo. Nós precisamos de ajuda", afirmou João Paulo. Peixoto de Azevedo arrecada hoje pouco mais de R$ 1,5 milhões de reais/mês e tem uma população estimada pelo IBGE em 30.333 mil habitantes.
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