domingo, 6/julho/2025
PUBLICIDADE

Juízas de MT debatem em Londres tráfico de meninas e lei Maria da Penha

PUBLICIDADE

As magistradas mato-grossenses Amini Haddad Campos e Adriana Sant"Anna Coningham apresentarão na Conferência Mundial da International Association of Women Judges, que será realizada entre os dias 2 e 5 de maio em Londres, um painel sobre a história do Brasil após a entrada em vigor da Lei Maria da Penha. De acordo com a juíza Amini Haddad, a conferência abordará várias questões de gênero. Além da violência, serão debatidos temas como preconceito, tráfico de meninas, dificuldade de acesso a cargos de relevância e diferenças salariais.

Amini Haddad contou que a apresentação revelará o pioneirismo do Poder Judiciário de Mato Grosso na aplicação da Lei Maria da Penha e a relevância dessa bandeira para a sociedade mato-grossense. Conforme a magistrada, a Justiça contribuiu para que o Estado desenvolvesse políticas públicas de combate à violência doméstica, como a instalação de abrigos para as vítimas, por exemplo.

A magistrada destacou que a Lei Maria da Penha trouxe avanços para o Brasil, sendo o primeiro deles a queda no número de homicídios contra as mulheres a partir da entrada em vigor da lei, em 22 de setembro de 2006. Segundo a magistrada, estatísticas apontam que o número de casos de homicídios resultantes de violência doméstica caiu 70%.

Além de punir exemplarmente agressores, a magistrada destacou que a Lei 11.340/2006 contempla o atendimento à família de modo geral, já que prevê o tratamento de todas as pessoas envolvidas na violência, não apenas da mulher, mas dos filhos e até do agressor. "O agressor precisa ser tratado para que volte a estabelecer vínculos de respeito com as novas parceiras e até com a mesma, se for o caso", analisou.

Amini Haddad salientou que a lei é um exemplo de esperança para outros países, principalmente os árabes ou países da África, onde são praticadas as piores atrocidades contra as mulheres. "No Congo, o índice de mulheres estupradas atinge 90% da população", revelou a magistrada, observando que a Lei Maria da Penha é antes de tudo uma luta pela igualdade de gênero.

Núcleo de Vulnerabilidade – A magistrada também enfatizou as ações do Núcleo de Vulnerabilidade, Direito e Gênero da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que está mapeando as questões de violência contra a mulher no país, incluindo os casos de violência sexual. O núcleo, dirigido pela magistrada, tem por objetivo conscientizar a população sobre as conseqüências da violência contra a mulher.

Implantado no final de 2011, o núcleo conta com um grupo de pesquisadores, acadêmicos de Direito da UFMT. Segundo a magistrada, embora exista há pouco tempo, o núcleo já teve o seu trabalho reconhecido. Foi convidado pela Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) da Violência contra a Mulher, presidida pela deputada Jô Moraes, a assessorar os trabalhos. "Vejo esse convite como a valorização do trabalho desenvolvido pela Justiça, pelo Estado e pela UFMT", concluiu a magistrada.

 

COMPARTILHE:

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Apostas de Mato Grosso ganham mais R$ 52 mil na loteria

Uma aposta de Santo Afonso (257 km de Cuiabá)...

Incêndio de grandes proporções atinge área de mata em Sinop

Um incêndio de grandes proporções atingiu uma área de...

Caminhonete capota após colidir com carro em Sinop

A batida ocorreu entre uma caminhonete Toyota Hilux e...

Bombeiros combatem incêndio em mercearia de Lucas do Rio Verde

O Corpo de Bombeiros conteve um incêndio, hoje à...
PUBLICIDADE