Nesta época do ano, carretas e caminhões “invadem” Lucas do Rio Verde devido o início do escoamento da produção de grãos dos armazéns do município -que está entre os principais produtores e exportadores brasileiros. Em alguns locais, como a avenida Universitária, longas filas se formam a espera do carregamento. Moradores dos bairros próximos aos armazéns reclamam dos transtornos vêm causando.
“É normal você levantar pela manhã, abrir a porta e se deparar com bitrem (carreta) estacionado em frente de casa. Existe alguns caminhoneiros que não têm respeito algum com as famílias das pessoas que moram no local. Sem contar o lixo que costumam deixar em frente as casas. Isso é um absurdo e as autoridades deveriam tomar alguma providência”, reclama um morador do bairro Bandeirantes.
Procurado por Só Notícias, o coordenador da Guarda Municipal, Fábio Medeiros, disse que o problema não é de competência do órgão. “Tem alguns locais que é proibido estacionar caminhões. Quando isso acontece, a guarda municipal notifica o motorista e aplica multa ao infrator”, expôs.
O secretário municipal de Gestão Pública, José Luiz Paetzold, disse que existe lei municipal, de 2010, que passará a ser cobrada com maior rigor, a partir deste ano. “No ano passado, fizemos algumas notificações e orientamos os motoristas. As empresas foram notificadas de onde os motoristas podem ou não podem ficar. Passaremos a cobrar com mais ênfase”, explicou.
Uma das saídas, na avaliação do secretário, poderia ser a criação de um porto seco particular. No entanto, o alto custo pode inviabilizar o projeto. A prefeitura chegou a destinar uma área, nas imediações do Corpo de Bombeiros, às margens da MT-449, com banheiros químicos, para que fosse usada como estacionamento, porém a ideia não vingou. “O problema é que falta comunicação das empresas com os caminhoneiros que preferem ficar na rua, próximo aos armazéns e assim não perder a vez na fila para carregar os produtos”, explicou o secretário.
