
O relator do processo da Primeira Câmara Criminal, desembargador Rui Ramos, determinou a degravação de provas para a decisão, que não tem prazo. Contudo, nos autos Rogério sustenta a nulidade da prisão em flagrante, bem como, nulidade da confissão extrajudicial. A Procuradoria argumentou que a prisão foi realizada dentro das formalidades, “sendo que eventual vício foi superado no momento da homologação do auto de prisão, sem poder de contaminar a ação penal proposta”. Já em relação à confissão, alegou que realizada de maneira espontânea, inexistindo qualquer prova de ilegalidade ou coação.
Joab justiçou a inexistência de coautoria do réu nos crimes, pleiteando sua absolvição. Para o a Procuradoria destacou impossibilidade, frisando que a “decisão do Tribunal Popular que acolheu uma das teses ventiladas não se revela contrária às provas dos autos –- Princípio da Soberania dos Veredictos.
Já Jiovani pleiteia o reconhecimento da atenuante da menoridade, bem como, o reconhecimento da continuidade delitiva entre os crimes de extorsão mediante sequestro. Pleitos parcialmente procedentes, de acordo com a Procuradoria, justificando que ele faz jus à atenuante, contudo, frisou a impossibilidade de reconhecimento do crime continuado, “uma vez que os requisitos objetivos e subjetivos não foram adimplidos no caso em apreço”.
Os três foram pegos poucos dias após o crime e teriam conseguido entrar na fazenda após forjarem defeito em uma das motos em que estavam. São acusados de renderem pai, filho e o funcionário Wilson. O outro empregado, Célio, teria tentado escapar, no entanto, acabou sendo morto e o corpo foi jogado dentro de um buraco utilizado como depósito de lixo da fazenda.
Conforme Só Notícias já informou, após cometerem os assassinatos, os acusados ainda procuraram a mulher de Antônio para cobrar o resgate. O fato foi registrado no dia 19 de agosto, quando um deles teria enviado uma mensagem de texto por meio do celular de outro, para a namorada dizendo: "amor fala pra mãe que eu tô vivo, em breve eles entra (sic) em contato com ela só depois que não tiver polícia".
Eles voltaram a aparecer no dia 21, teriam enviado uma série de mensagens à viúva de Antônio exigindo, inicialmente, R$ 6 milhões. Posteriormente, o valor foi reduzido a R$ 3 milhões. A viúva teria pedido uma prova de que as vítimas estivessem vivas e, como resposta, os suspeitos disseram que ela teria que pagar R$ 100 mil pela informação.


