
A PRF ressaltou que o desvio pelas propriedades particulares “não é o que temos recomendado. A rota que indicamos é uma rodovia estadual que passa pelos municípios de Marcelândia, Cláudia e Sinop e o acesso fica longe do ponto de bloqueio dos indígenas. Até onde sabemos, este caminho ainda está liberado”. Um leitor de Só Notícias informou que há uma rota alternativa que começa no trevo de Juara e dá acesso à Usina Hidrelétrica de Colíder. Segundo ele, a estrada está em boas condições e até mesmo caminhões pesados conseguiriam passar.
A fonte ainda informou que a situação na BR-163 permanece a mesma e o bloqueio já chega a 30 horas ininterruptas. “Estamos tentando o diálogo com os líderes indígenas para conseguir pelo menos 1 hora de intervalo. Até agora, não houve avanços nas negociações e o tráfego permanece bloqueado por tempo indeterminado”.
A fila de caminhões estacionados chega a 2 quilômetros, no lado da cidade de Nova Santa Helena. No outro lado da manifestação, não há congestionamentos, entretanto, a maior parte dos caminhoneiros aguarda o desfecho das negociações na cidade de Itaúba.
O protesto dos indígenas tem causado revolta, inginação para quem precisa trafegar na 163. Muitas empresas, caminhoneiros e carreteiros que dependem da entrega de produtos para receberem frete e centenas de profissionais liberais que precisam se deslocar de uma cidade para outra e desempenharem suas atividades estão tendo muitos prejuízos. Só ambulâncias estão passando.
Conforme Só Notícias já informou, os índios das tribos Terena e Maben-Grokre pedem a saída da coordenadora de Saúde Indígena e prometem liberar a rodovia apenas quando a exoneração for publicada no Diário Oficial da União.
O bloqueio teve início na sexta-feira (30) por 60 indígenas que colocaram pedaços de madeira e pneus e atearam fogo. Além da exoneração da coordenadora, os índios também reclamam das obras de saneamento e postos de saúde inacabados, falta de remédios e profissionais, diminuição no número de viaturas, falta de infraestrutura nas bases de atendimento, ausência de combustíveis para carro, barco e avião, além de motores geradores e placas solares que utilizam para obter energia e conservar medicamentos e carência de horas de voo para urgências.
(Atualizada às 14h40)


