Mato Grosso é o Estado com maior extensão de rodovias estaduais. 83,5% não são pavimentadas, de acordo com a Secretaria Estadual de Transporte e Pavimentação Urbana, sendo que muitas delas ficam intransitáveis em períodos chuvosos.
A nova equipe de governo terá que enfrentar, no primeiro semestre, uma “enxurrada” de pedidos por manutenção da malha estadual. De acordo com o diagnóstico realizado durante a transição, são milhares de pontes de madeira em péssimo estado de conservação, que colocam em risco as vidas e o trânsito de pessoas diariamente.
A nova equipe se depara ainda com falta de manutenção das rodovias pavimentadas e aponta que já existem alguns trechos totalmente destruídos por exemplo na MT-130, MT-170, MT-388, entre outros.
A maioria das patrulhas rodoviárias está em péssimo estado de conservação, com altos custos, baixa eficiência e pouco envolvimento das prefeituras e consórcios locais. De acordo com o diagnóstico realizado, pode-se esperar com certeza alguns isolamentos de municípios e impossibilidade do escoamento da safra.
Foi apontada alta necessidade de recursos financeiros para contrapartida de empréstimos e convênios. O programa MT Integrado, por exemplo, que originalmente previa contrapartida de R$ 157 milhões, já estava corrigido para quase R$ 400 milhões até meados do segundo semestre do ano passado.
O programa de Restauração de Rodovias, que inicialmente previa R$ 110 milhões de contrapartida, terá que ser totalmente revisado devido ao alto estágio de degradação das estradas. O Prodestur, convênios Dnit e outras linhas de empréstimo também demandam crescente volume de recursos próprios.
