O juiz Diego Hartmann negou um pedido de liberdade formulado pela defesa de L.C.L. e R.K.L., casal acusado de matar o fazendeiro Antônio Alves Fernandes da Silva, 51 anos, encontrado morto em um rio em sua própria fazenda, localizada em Guarantã do Norte (250 quilômetros de Sinop). O crime ocorreu em março do ano passado e a Defensoria Pública alegou que os réus estão presos desde abril, sem que a fase de instrução processual tenha sido concluída.
Para o magistrado, no entanto, os motivos que motivaram a decretação da prisão preventiva de ambos suspeitos permanecem válidos. “Analisando detidamente os fatos, documentos e depoimentos aportados aos autos, tenho que imprescindível a manutenção da prisão preventiva no caso em comento, uma vez que demonstrado a existência de indícios suficientes de autoria e materialidade”, destacou.
Apesar de negar o pedido de relaxamento das prisões, o magistrado marcou a primeira audiência de instrução e julgamento do processo para o dia 5 de abril, ocasião em que réus e testemunhas serão ouvidos.
Em depoimento, os suspeitos confessaram o crime. Segundo a mulher, o casal foi até a fazenda com objetivo de matar a vítima. Os réus ficaram escondidos em uma mata até que Antônio chegou sozinho. Eles então renderam o fazendeiro com uma espingarda calibre 28 e, em seguida, o enforcaram. Após o assassinato, jogaram o corpo em um rio e roubaram alguns pertences para forjar um assalto. A motivação do crime não consta no processo.
Conforme Só Notícias já informou, o casal foi preso em uma residência, no bairro Cidade Nova, em Guarantã, onde foram encontrados vários pertences da vítima, como rádio, roupas, tapetes e até uma cama box que era de propriedade de Antônio. A espingarda supostamente utilizada no crime também foi apreendida no local.
Antônio residia sozinho na casa e foi sepultado em Sinop.
