Em uma avaliação após 30 dias do início do funcionamento do posto fixo de identificação da madeira, na capital, o presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado (Cipem), José Eduardo Pinto, afirmou, ao Só Notícias, que tem ocorrido vários problemas durante a fiscalização. “Essa forma de fazer a identificação é um entrave. Tem caminhões que chegam a esperar mais de três horas nas filas. Essa semana teve problema no sistema que ficou fora do ar e gerou uma fila maior ainda. Sem falar no espaço para parada dos caminhoneiros que é problemático. Justamente para evitar esses transtornos, o setor é a favor da fiscalização volante”.
“É uma obrigatoriedade que não traz nenhum benefício para o setor e para o meio ambiente. Como é um local fixo onde é feita a fiscalização as pessoas que tiverem com tudo em ordem vão passar por ali, mas os que tiverem irregulares e os caminhões de outros estados não vão passar por lá. Quando tinha fiscalização volante todos os caminhões eram abordados. E em sua grande maioria, as irregularidades eram em caminhões com madeiras de outros estados e não de Mato Grosso. Com a identificação em local fixo acaba tendo uma redução nas fiscalizações volantes e aí esses caminhões vão acabar passando sem serem detectadas as irregularidades”.
José Eduardo reclamou ainda do valor cobrado pela identificação e afirmou que a categoria está em conversa com o governador Pedro Taques. “A taxa é o pior ponto. Se você parar para pensar que em uma carga de madeira vai pagar algo em torno de R$ 400 a R$ 500, por um serviço que não justifica esse valor. Além disso, o setor está trabalhando no vermelho, aí vem mais um ônus. Esse peso todo prejudica as empresas e dificulta a concorrências com outros estados. Nós estamos em conversas frequentes com o governador na formulação de uma solução para esse problema para que a fiscalização seja feita de uma forma diferente. Existe uma promessa firme do governo de que vai resolver esse problema”.
O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) reabriu no dia 21 de julho o Posto Fiscal de Identificação de Madeira, no Distrito Industrial de Cuiabá. Tornando obrigatório que os caminhões que transportam madeira passem por esse local onde a carga é fiscalizada e certificada. Para a realização desse serviço é cobrado o valor de R$ 9,57 por metro cúbico.