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Prefeita diz que dívidas dificultam sua administração em Alta Floresta

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Passados sete meses de sua administração, Maria Izaura Dias Alfonso avaliou de forma positiva a sua gestão. Ela participou da sessão legislativa que marcou o reinício dos trabalhos da Câmara Municipal depois do recesso de julho. A prefeita argumentou que os primeiros seis meses serviram dar noção de como se administra uma cidade, para aprender a fazer administração pública.

As dívidas herdadas desde a primeira administração são consideradas uma pedra no sapato de cada prefeito que assume a prefeitura. Afinal, são dívidas junto a instituições oficiais que, reparceladas, são descontadas na fonte, ou seja, no repasse do governo federal. Alguns desses débitos foram parcelados em até 180 meses, portanto, tornando-se um problema de comprometimento de receita dos próximos prefeitos. Segundo levantamento da prefeitura, dos cerca de 2 milhões de reais repassados mensalmente, quase 20% são fisgados pelo tesouro nacional, no FPM – Fundo de Participação dos Municípios.

Nesses primeiros meses de sua gestão, Maria Izaura enfrentou dificuldades por causa de pendências do município com autarquias federais e estaduais. Muitos desses abacaxis já foram descascados e a previsão da prefeita é de que nos próximos meses ações mais abrangentes sejam desenvolvidas em prol da coletividade.

Uma auditoria foi contratada no início do ano para fazer o levantamento e apontar caminhos para a administração municipal. O contrato com a empresa é de um ano e ela ainda vai prestar assistência área de informática. A auditoria já foi concluída, mas a prefeita não quis antecipar detalhes sobre seus resultados. Ela disse apenas que o relatório final foi encaminhado até o Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado. “Infelizmente eu acho que publicar uma auditoria, são mais ou menos 20 volumes, é muita coisa. Pra ser publicado teria que ser resumido e ficaria difícil até o entendimento da população”, declarou Izaura, deixando para que o MP ou TCE se pronunciem a respeito.

Os trabalhos mostram preliminarmente que faltou fazer a prestação de contas de diversas obras, como o do aterro sanitário, dos recursos de 1,7 milhão destinados a construção de pontes e bueiros, da construção da Escola Furlani da Riva, da adaptação de um ônibus pra atender as comunidades rurais como gabinete odontológico, entre outras pendências.

“Tem o caso do dinheiro do Fundef que foi usado indevidamente, tem o caso dos cheques sem fundo da prefeitura. Tudo isso foi apurado pela auditoria e tanto está no MP, como no TCE”, sinalizou a prefeita.

Com relação à folha de pagamento, Maria Izaura foi orientada a efetuar cortes, através de uma notificação do TCE. O documento diz que a folha tem que ser diminuida ou que a receita mensal seja ampliada. Com isso, o risco de demissões está mais forte que nunca. As adequações começaram na Secretaria de Educação, mas outras áreas da administração também podem sofrer o corte. Alguns servidores se anteciparam e optaram pela demissão voluntária.

“Eu tenho certeza que não haverá um grande trauma pra adequarmos a nossa folha”, destacou Isaura.

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