Prefeituras do Nortão passam, a partir de agora, a fazerem um levantamento criterioso para comprovar, ao Governo Federal, que não dá mais para esperar pela pavimentação da BR-163 até o porto de Santarém. Reunidos hoje, em Lucas do Rio Verde, prefeitos das maiores cidades da região Norte decidiram intensificar as cobranças ao governo.
Será feito um levantamento da produção agrícola e madeireira na região, comparativo de gastos com frete no trajeto feito atualmente para escoamento portos de Paranaguá e Santos em comparação com com o porto de Santarém, objetivo principal das lideranças da região, com a pavimentação dos 900 km da rodovia, entre a divisão dos dois estados até Santarém. Estes estudos já devem ser entregues na próxima segunda-feira para a bancada federal e, juntos, intensificarem as pressões ao governo Lula, considerando que o Governo do Pará também está gestionando para que a obra seja feita. Projeções iniciais apontam que, além de ganhar tempo, a redução no frete no escoamento via Santarém é de US$ 30-tonelada.
Os prefeitos querem, com urgência, conscientizar o governo que a economia das regiões Norte do Mato Grosso e Sul do Pará passa pela pavimentação da rodovia que, nos planos do governo Lula, deve ser feita em sistema de PPP- Parceria Público Privada- com as cinco maiores empreiteiras brasileiras. A licença ambiental para o asfaltamento foi dada, mas o projeto continua no papel.
“Nosso movimento é essencialmente com objetivo que saia logo a pavimentação. É supra-partidário e com objetivo que de conscientizar que não podemos esperar mais, diante das dificuldades da agricultura e outros setores que refletem na nossa economia”, avaliou o prefeito de Lucas, Marino Franz.
O prefeito de Sinop, Nilson Leitão, considerou que todos os prefeitos estão empenhados e consideram a 163 prioridade. “Nossos problemas são comuns. Temos dificuldades econômicas, queda de arredacação, desemprego e não temos outra saída para fortalecer nossa economia a não ser a pavimentação da 163 tornando esta região um grande corredor de escoamento e ganhando mercados com preços da noss aprodução mais competitivos”, afirmou.